Mãe denuncia falta de transporte para levar filho à Rede Cidadania

No local, ele conseguia realizar atividades de estudo e acompanhamento da condição
No local, ele conseguia realizar atividades de estudo e acompanhamento da condição

Desde o ano passado, um jovem de 28 anos não consegue chegar até a Rede Cidadania para fazer o tratamento de Disritmia Cerebral, por falta de transporte. O serviço deveria ser ofertado pelo governo estadual. No local, ele conseguia realizar atividades de estudo e acompanhamento da condição que lhe causa convulsões.

A mãe do rapaz, que preferiu não se identificar, disse ao Roraima em Tempo que não consegue alugar um veículo por conta da renda de apenas R$ 1,2 mil. “Quem tem transporte está levando os filhos, porque as aulas começaram. Tentei buscar um transporte escolar, mas me cobraram R$ 300 e eu não tenho como pagar”, lamentou.

Por conta da condição, o filho não consegue pegar um ônibus comum para receber atendimento, pois as chances de se perder pela cidade são altas. A família mora no bairro Dr. Airton Rocha, zona Oeste de Boa Vista. A Rede Cidadania fica na Avenida São Sebastião, no Cambará.

Segundo a mãe, o problema se estende há quase um ano. Durante esse período, o filho fica inquieto para sair de casa e voltar a estudar. O jovem participa da rede há seis anos. “Ele tá parado, quer correr e fica estressado. Não tenho condições. Pago a prestação da minha casa, não tenho carro. Queria saber quando que vão resolver isso porque está difícil”, completou.

RECOMENDAÇÃO

No mês passado, o Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) enviou uma notificação ao governo para que regularizasse o transporte dos usuários da Rede Cidadania Atenção Especial, da Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes). A recomendação foi enviada às secretárias Leila Perussolo e Tânia Soares.

À época, o órgão fiscalizador deu prazo de cinco dias para que o serviço voltasse ao normal, ou seja, até 20 de maio, o que ainda não ocorreu.