Motos adquiridas em leilões como sucatas transitam ilegalmente nas ruas de Boa Vista

Motocicleta comprada como sucata foi apreendida por policiais militares - Foto: Nonato Sousa
Motocicleta comprada como sucata foi apreendida por policiais militares – Foto: Nonato Sousa

Tem se tornado frequente no Plantão da Polícia Civil, a detenção de pessoas comuns, até então sem passagem pela polícia, com motocicletas adquiridas em leilões públicos. O caso mais recente ocorreu na noite desta quarta-feira (20), ocasião em que um jovem, que teve o nome preservado, foi abordado por uma equipe de PMs, com uma motocicleta suspeita e após a checagem, foi constatada a restrição de roubo/furto.

Durante a ação policial, o jovem informou que o veículo foi adquirido pelo seu pai em leilão, mas não apresentou nenhum documento. Ele foi detido e conduzido ao Plantão da Polícia Civil para que o delgado tomasse conhecimento do caso.

O pai do jovem foi avisado da detenção do filho e pouco tempo depois, chegou à delegacia com o documento comprovando a aquisição do veículo num leilão da Justiça. Ele falou com a reportagem e informou que a motocicleta era usada pelo filho apenas o trabalho.

Chamou a atenção no documento entregue pela Justiça ao comprador da moto, uma espécie de carimbo, grifado no meio do papel, em vermelho, informando que se tratava de “sucata”, o que significa que a motocicleta não pode circular na rua, ou seja, não pode ser utilizada como meio de transporte, fato que na maioria das vezes é ignorado pelas pessoas que as adquirirem.

Ainda sobre o caso, o delegado Marcus Albano liberou o detido e o veículo. O delegado falou com a reportagem e confirmou que veículos leiloados pela Justiça como sucatas não podem transitar pelas ruas da cidade.

Muitas pessoas que compram estes veículos os montam com peças de outras motocicletas, e os colocam para rodar de novo e na maioria das vezes, às vendem a terceiros que passam a utilizá-las como meio de transporte. “É ilegal. Não pode rodar mesmo, pois se trata de sucata”, pontuou o delegado. Ele explicou ainda que não há crime, mas se trata de infração administrativa.

Informações: Roraima em Tempo