Mesmo aprovado o aumento de salário de delegados, embora o pagamento do reajuste só passe a vigorar em janeiro de 2023, a crise na Polícia Civil não arrefeceu.
O presidente do sindicato dos Policiais Civis o Estado (Sindpol), Leandro Almeida, confirmou que todos os policiais no núcleo de inteligência da Polícia Civil pediram exoneração em massa dos cargos que ocupam dentro do setor administrativo da instituição.
As exonerações devem afetar outros setores dentro da Polícia, como contragolpe à atitude do Governo que resolveu privilegiar apenas os delegados com reajuste de 47% sobre os salários.
Isso significa paralisação dos sérvios dos agentes e escrivães? Não. Mas cria instabilidade na relação de agentes com superiores hierárquicos (os delegados) e desacelera de certa forma a atuação dos agentes em relação a atividade fim.
Hoje à noite os agentes farão uma manifestação em frente a Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde será formalizado o ato de exoneração em massa dos agentes. “Isso é preocupante, está acontecendo e o governador não dizer nada, não marcar reunião e não sinalizar negociar com a categoria”, disse Leandro Almeida, do Sindpol.
E tudo isso está acontecendo, segundo Leandro, desde o anúncio do reajuste dos delegados do Estado, que não teria atingido as outras nove categorias de policiais. Além da exoneração dos policiais civis que ocupam funções gratificadas, também vêm sendo discutidos o fim da venda da folga ao estado, dos serviços extraordinários e a promoção funcional.
“As perseguições junto aos agentes continuam e outra situação que vem ocorrendo junto aos agentes é a nomeação para chefias sem convite ou aviso prévio”, disse Leandro.
Informações: Blog do Perônico – foto: Divulgação
