Mães denunciam falta de atendimento no Centro Viva Comunidade

Os denunciantes apontam desvio de função, falta de servidores suficiente para atender os alunos, falta de transporte escolar e até ‘corte’ de merenda - Foto: Nilzete Franco

Mães de crianças e jovens com necessidades especiais, que antes recebiam atendimento junto ao Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência Viva Comunidade, entraram em contato com a Folha para denunciar a falta de atendimento na unidade, que ocorre desde novembro do ano passado. Conforme os relatos, a situação é causada devido à ausência de profissionais.

Uma das mães, que optou por não se identificar, disse que não houve comunicado por parte da unidade. “Meu esposo e eu viajamos com nossa filha em meados de outubro para a realização de uns exames em Brasília. No final do mês voltamos e, em contato com outras mães, descobri que os atendimentos não estavam mais sendo realizados”, disse. Uma situação semelhante ocorreu com a família de um jovem de 18 anos.

Conforme relato da mãe do garoto, que mora no interior, a família conseguiu vaga na Rede Sarah Kubitschek e viajou em novembro do ano passado, por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD). “Voltamos no dia 10 de novembro e desde então não conseguimos mais atendimento. Meu filho não anda e não senta sem nossa ajuda, e não houve uma explicação”, contou.

Para receber o atendimento no Viva Comunidade, a família conseguiu, junto à Prefeitura da localidade, um carro que trazia o paciente para a capital e depois levava para casa, durante duas vezes na semana. Após a viagem, contudo, a mãe não sabia o que fazer. “Foi então que a prefeitura cedeu um fisioterapeuta do posto de saúde. Agora ele vai duas vezes na semana na minha casa para fazer os exercícios no meu filho”, declarou.

As mães contaram que não há outro atendimento similar ao do Viva Comunidade, o que implica no bem estar dos filhos e filhas. Por meio dos casos ouvidos pela Folha, a reportagem constatou que os atendimentos da maioria dos pacientes ocorreram durante um período de seis meses. “Eu agradeço pelo apoio que recebo na minha cidade, mas e os outros casos? O pior de tudo é não ter uma resposta para a situação”, lamentou a mãe do garoto.

Informações: Folha de Boa Vista