Hospital de Rorainópolis está sem medicamentos e exames de Covid-19, denunciam moradores

O Hospital Regional Sul Ottomar de Sousa Pinto, em Rorainópolis, estaria sem exames e medicamentos destinados ao diagnóstico e tratamento da Covid-19. 

A denúncia foi feita por moradores que precisaram se dirigir nesta semana à unidade, que é administrada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), e não conseguiram atendimento. Devido a localização, o hospital também atende os pacientes que chegam de São Luiz, Caroebe e São João da Baliza. 

Um dos denunciantes relatou à reportagem que se dirigiu ao hospital na madrugada de quarta-feira (12), com queixas de dores. No atendimento, ele foi encaminhado para realizar um hemograma e, por conta dos sintomas, chegou a ser medicado apenas com dipirona. 

Ele relatou que pediram para retornar no dia seguinte, ou seja, na quinta-feira (13), para pegar o resultado de sangue, e fazer o teste PCR para covid. “A enfermeira disse que era pra eu retornar 10 dias após a coleta do exame PCR para receber o resultado. Ai eu falei, se for mesmo covid daqui a 10 dias com certeza meu estado será outro”, disse. 

“Cheguei cedo com minha esposa e passei a manhã quase inteira esperando atendimento. Isso porque só dão 10 senhas por dia. Várias pessoas tiveram que voltar pra casa”, contou. Na hora da coleta, o casal soube por uma enfermeira que não havia mais testes e medicamentos. O morador então decidiu buscar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) da Prefeitura de Rorainópolis, onde conseguiu realizar o teste rápido, que deu positivo para covid, e ainda recebeu kits de medicamentos para o tratamento.

Outros moradores que passaram pela mesma situação afirmam que o atendimento na tenda do hospital estadual não é profissional. “Eles estavam lanchando por volta das 8h, refrigerante e salgadinho, enquanto os atendimentos eram realizados. As pessoas que trabalham lá, e que são novas, parecem estar lá por obrigação, mas têm respeito nem no modo de falar”, frisou uma moradora.

OUTRO LADO – Em nota, a Sesau informou que a denúncia é improcedente, uma vez que a unidade está abastecida com kits de coleta de material biológico para realização de exame de detecção do Sars-Cov-2 e pode fazer diariamente 40 coletas, sendo 20 pela manhã e mais 20 à tarde. 

Em relação ao medicamento, esclareceu que a distribuição é feita pela Secretaria Municipal de Saúde, quando os pacientes são atendidos na UBS.

Informações e foto: Folha de Boa Vista