Justiça de Roraima mantém, pela terceira vez, prisão de contador da Coopebras

A juíza Daniela Schirato rejeitou hoje (21) um recurso de Sérgio André Ferreira da Silva, contador da Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras). Com isso, ele permanece preso por suspeita de participar de esquema de desvios de recursos da Saúde. O montante chega a R$ 30 milhões.

De acordo com a magistrada, a defesa pretendia modificar a sentença, o que não era possível por meio de embargos de declaração. Além disso, ela reforçou que, apesar de Sérgio ter se afastado das funções, não é elemento suficiente para revogar a prisão preventiva.

“Conheço dos embargos, contudo, rejeito-os. Isto porque, analisando a argumentação desenvolvida pela defesa constato que, em verdade, o que se pretende é o reexame [da decisão] em via da sua insatisfação”, justifica a juíza.

Segundo o Ministério Público, o contador era responsável por elaborar cálculos estratosféricos, pagamentos de pessoal e planilhas remetidas à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) com plantões fictícios, que elevaram o contrato. Conforme o inquérito, a conduta possibilitou o desvio realizado pela organização criminosa.

PRISÃO

O primeiro pedido de liberdade foi rejeitado pelo desembargador Leonardo Cupello, no dia 2 de setembro. Ele foi preso no dia 28 de agosto, na terceira fase da Operação Hipócrates, acusado de envolvimento no esquema. No fim do mês de setembro, Daniela Schirato negou revogar a prisão preventiva dele.

Sérgio, de acordo com as investigações, prestava serviços para outras duas empresas registradas no nome do suspeito de ser mentor do esquema, Edivaldo Pereira Vieira, atual vice-presidente da Coopebras, que está foragido. Pela empresa, o contador recebia R$ 5,3 mil por mês.

Informações: Roraima em Tempo – Foto: Divulgação