Moradores do Baixo Rio Branco afirmam que região foi esquecida pelo Governo de Roraima

Moradores da comunidade Caicubí, no município de Caracaraí, localizada no Baixo Rio Branco, procuraram a reportagem para denunciar a falta de lanchas ambulância na região.

O transporte conhecido como “ambulanchas”, é necessário para auxiliar no atendimento de saúde e emergência, sendo o único possível no local.

Conforme Júlio Araújo de Castro, morador da comunidade há 28 anos, cerca de 130 famílias solicitam a ajuda. Segundo eles, a região foi esquecida pelo Governo do Estado.

“O acesso aqui é difícil. Não temos ajuda do Executivo, muito menos da prefeitura. Já pedimos ao Governo que enviasse um servidor da saúde e o transporte para nos deslocar em casos de emergência, só queremos esse apoio e uma técnica de enfermagem”, relatou.

O denunciante disse ainda que para o deslocamento de um paciente até a unidade mais próxima, é preciso mobilizar a comunidade inteira, buscar a gasolina, emprestar o barco, além de acionar um piloto da região para operacionalizar o transporte.

“Já tivemos casos graves, pacientes com coronavírus e outras doenças que precisavam dessa atenção. No momento não temos pessoas precisando ser internadas, mas estamos em uma pandemia e isolados do resto do estado”, lamentou.

CITADO

A reportagem entrou em contato com o Governo de Roraima informou, por meio de nota, que os serviços de transporte de pacientes por “ambulanchas” e a manutenção dos veículos são de responsabilidade do município de Caracaraí, que também é responsável pela contratação de agentes comunitários de saúde.

Ressaltou ainda que mantém suporte por meio de ações itinerantes na região e do atendimento feito na Unidade Mista Rosa Vieira, que foi totalmente reformada e reinaugurada em outubro do ano passado. 

“Além disso, o hospital recebeu equipamentos, entre os quais, máquinas de raios-X, ultrassom, eletrocardiograma, equipagem laboratorial, macas para leitos e também remédios, com a finalidade de oferecer melhor atendimento à população ribeirinha”, concluiu.

Informações: Roraima em Tempo