A PF cumpre quatro mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão apenas na capital Boa Vista. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara da Justiça Federal em Roraima após representação policial.
Foram concedidos, ainda, a quebra do sigilo bancário e fiscal dos envolvidos, além do sequestro de bens e bloqueio de valores em até 5 milhões de reais.
A operação conta com o apoio do MPF (Ministério Público Federal)
O Inquérito Policial aponta que a empresa que tinha o contrato com o Governo de Roraima referente ao fornecimento de alimentos para merenda escolar teria recebido, só em 2018, mais de 7 milhões de reais.
Entretanto, esta empresa pertenceria a um “laranja” do esquema, e os verdadeiros dirigentes agiriam sem vínculo com a empresa ou seriam proprietários de outras empresas, para as quais a maior parte do dinheiro era destinada.
EM 2018 – A 1ª Fase da Operação Tântalo, deflagrada em dezembro de 2018, desarticulou o esquema que estava em andamento desde 2016 e contava com o falso atesto de recebimento de produtos adquiridos pelo Estado.
Desta forma, a empresa responsável pelo fornecimento dos alimentos realizava a entrega parcial dos produtos faturados, ou os substituía por produtos mais baratos, recebendo o atesto de entrega integral destes por servidores integrantes do esquema. O proprietário da empresa detentora do contrato e outros 3 envolvidos foram presos, na época.
A Investigação demonstra que mesmo após a 1ª fase da operação uma das empresas envolvidas no esquema estaria tentando obter novos contratos com o Governo de Roraima por meio da participação em processos licitatórios.
Tântalo faz referência ao personagem da mitologia grega que foi castigado a nunca conseguir alcançar água e alimentos, apesar de viver cercado destes em abundância, restando em eterno suplício.
Informações- Folha de Boa Vista