Ministério Público de Roraima denuncia motorista acusado de provocar a morte de criança de 11 anos no Caçari

O Ministério Público de Roraima (MPRR) ofereceu denúncia, nesta sexta-feira (28), contra César Carvalho Ormundo, de 30 anos, por homicídio doloso, na modalidade dolo eventual (quando assume o risco de matar) por causar a morte de João Lucas Duarte Marques, 11, em um acidente de trânsito ocorrido no último dia 15 de fevereiro.

O acidente foi na Avenida Getúlio Vargas, bairro Caçari, no início da noite, quando o veículo da família da vítima saía da garagem de casa e foi atingido na traseira pela picape em alta velocidade dirigida por Ormundo.

Devido à violência do choque, a criança teve morte instantânea. Os outros três ocupantes do carro sofreram lesões e foram encaminhados para uma unidade hospitalar. O denunciado ainda tentou fugir do local, mas foi detido por algumas pessoas até a chegada da Polícia Militar, que o prendeu.

Consta ainda na denúncia protocolada pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri que o infrator estava alcoolizado na ocasião do acidente. De acordo com as investigações, César Ormundo ingeriu bebida alcoólica durante a tarde, das 14h às 18h, conforme o comprovante de pagamento de um estabelecimento comercial, e saiu do local visivelmente embriagado.

Segundo o promotor de Justiça Igor Naves, o denunciado assumiu o risco de causar grave acidente automobilístico que pudesse resultar em morte ou lesão de terceiros, ao dirigir após ingerir bebida alcoólica e em alta velocidade.

“A sociedade exige que haja punição mais dura para pessoas que cometem esse tipo de crime. Numa época em que os perigos da combinação direção e bebida alcoólica são diariamente divulgados e se observam os altos índices de acidentes com mortes no Estado, a atitude de César Carvalho deve ser eficazmente punida, já configura o crime de homicídio doloso”, explica o promotor.

Caso a denúncia seja acolhida pela Justiça, o denunciado poderá ser condenado pelo homicídio duplamente qualificado de João Lucas, pois agiu com recurso que dificultou a defesa da vítima e gerou perigo comum, uma vez que estava dirigindo sob influência de bebida alcoólica e em alta velocidade. A Promotoria de Justiça também pede a condenação de César Carvalho por tentativa de homicídio das três vítimas sobreviventes.