Ministro da Defesa diz que pandemia de coronavírus não afeta indígenas em Roraima

O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, afirmou que aldeias indígenas na Raposa Serra do Sol, em Roraima, não sofrem com a pandemia do coronavírus.

A declaração foi dada na tarde dessa quarta-feira (1º), em pronunciamento à imprensa após visita à Área de Proteção e Cuidados (APC), montada pela Operação Acolhida, em Boa Vista, para atender pacientes com a doença.

“Acabei de chegar de aldeias indígenas. Temos toda essa operação que estamos fazendo nas áreas Yanomami e Raposa Serra do Sol. E não estivemos detectando casos, no máximo relatos de aldeias longínquas, uns dois casos. Então, esse não é o caso de uma pandemia atingindo os índios aí”, reforçou.

Fernando Azevedo e Silva esteve na região do Surucucu, Noroeste de Roraima, fronteira com a Venezuela. O objetivo foi avaliar o atendimento de profissionais de saúde militares às aldeias indígenas. As equipes foram enviadas pelo ministério, como forma de impedir o alastramento da doença na região.

A liderança indígena Bernaldina, que morava na comunidade Mutucura, na Raposa Serra do Sol, morreu na semana passada vítima de coronavírus aos 75 anos. Ela teria contraído a doença na região. O primeiro indígena Yanomami faleceu no estado por coronavírus no dia 9 de abril, aos 15 anos.

Há duas semanas, a Articulação dos Povos Indígenas pelo Brasil (APIB) divulgou dados que colocam Roraima como o terceiro estado onde mais há indígenas mortos por Covid-19.

O ministro também comentou sobre o falecimento de dois indígenas por arma de fogo na Serra Parima, município de Alto Algre, na semana passada. Para ele, trata-se de um caso isolado de conflito. A suspeita é de que as mortes tenham sido provocadas por confronto entre indígenas e garimpeiros.

“Pelotão de fronteira deu todo o reforço, isso está em investigação. Não é um fato corriqueiro, e o que as Forças Armadas puderem fazer, será feito”, encerrou.

Informações: Roraima em Tempo – Foto: Pedro Barbosa