Nicoletti: “Cargo de secretário da Saúde é dado por apoio político”

“A equipe técnica precisa ser competente, e temos no estado. Não adianta colocar quem trabalha no agronegócio”, disse o deputado

O deputado federal Nicoletti (PSL) criticou a atuação do governador Antonio Denarium (sem partido) frente aos problemas da Saúde. Ele disse hoje (28) que a Saúde não deve melhorar por causa das decisões políticas do governo, que não têm dado certo, conforme avaliação dele.

“A equipe técnica precisa ser competente, e temos no estado. Não adianta colocar quem trabalha no agronegócio. Infelizmente o cargo é dado por apoio político”, disse.

Novo relatório

Ontem, o jornal Roraima em Tempo mostrou que o Hospital Geral de Roraima (HGR) não tem fitas para medir a glicose dos pacientes. Além disso, não há compressa de pano para dar banho nas pessoas. Com a diminuição no envio de ataduras, usada para o serviço, os servidores usam algodão para a limpeza. Também não há remédios.

“Pasmem! Tenho um relatório em mãos. Continua faltando Omeprazol, Plasil, só teve fita para medir glicose porque os enfermeiros compraram nas farmácias”, denunciou Nicoletti.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por outro lado, negou a denúncia. Disse ainda que as unidades precisam avisar com antecedência para que as fitas sejam enviadas.

Troca de comando

Nicoletti disse que deseja sorte ao novo secretário da Saúde, Leocádio Vasconcelos. Ele é o nono gestor em pouco mais de dois anos e meio.

“Se a Saúde está bem, eu, minha família e a população tem garantia, mas não deve melhorar”, reforçou o deputado.

A nomeação de Leocádio ocorreu após a saída de Airton Cascavel, suspeito de usurpação de função pública, como mostrou o Roraima em Tempo.

Anteriormente, outros sete passaram pela secretaria: Airton Wanderley, Élcio Franco, Cecília Lorenzom, Allan Garcêz, Francisco Monteiro, Olivan Junior, e Marcelo Lopes.

Durante as gestões houve duas operações da Polícia Federal, que apuram desvios de R$ 20 milhões em contratos ilegais. Conforme a polícia, o dinheiro estava sendo direcionado para empresas específicas.

As investigações continuam e miram Chico Rodrigues, Mecias de Jesus, Jhonatan de Jesus e Jeferson Alves. O inquérito está no Supremo Tribunal Federal (STF).

Informações: Roraima em Tempo