CPI da Covid volta de recesso e deve votar convite para Denarium

A CPI da Covid retorna aos trabalhos amanhã (3). Entre os diversos requerimentos existe um que pede que os governadores sejam convidados a prestar esclarecimentos.

Antonio Denarium (sem partido) é um dos governadores. Ele tinha sido convocado, assim como os outros, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou a convocação.

Para os ministros, os chefes de Estado não podem ser investigados, pois dispõem de mesma prerrogativa do presidente da República.

Também estão proibidos de ser convocados

A medida beneficiaria Wilson Lima (AM), Helder Barbalho (PA), Ibaneis Rocha (DF), Mauro Carlesse (TO), Daniela Reinehr (SC), Waldez Góes (AP), Marcos Rocha (RO) e Wellington Dias (PI).

Denarium já tinha se manifestado em carta à comissão que fosse convidado e não convocado. Em maio, quando o requerimento foi aprovado, ele disse que o depoimento era desnecessário, mas que prestaria esclarecimentos.

Após a decisão do STF, ele não falou mais sobre o assunto. Logo, não há certeza se iria caso recebesse o convite.

Operações

O governador foi chamado para esclarecer fatos relacionado às operações Vírion e Desvid-19, da Polícia Federal (PF).

Os esquemas de lavagem de dinheiro desviaram mais de R$ 20 milhões da Saúde Estadual, conforme o inquérito. O dinheiro era para ser aplicado no enfrentamento à pandemia do coronavírus em Roraima.

Em contrapartida, Denarium afirma que foi o responsável pelas denúncias nos órgãos de fiscalização. Contudo, documentos enviados à CPI da Covid não mostram o nome dele como denunciante, mas sim o ex-servidor Francisvaldo Paixão. Denarium já nomeou nove secretários de Saúde, quatro deles durante a pandemia.

Os esquemas na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) eram para beneficiar empresas que tinham vínculo com parlamentares federais, segundo as investigações da polícia.

Entre os nomes envolvidos estão os três senadores de Roraima: Chico Rodrigues (DEM), Mecias de Jesus (Republicanos) e Telmário Mota (Pros).

O inquérito indica ainda a suposta participação de Jeferson Alves (PTB), Jhonatan de Jesus (Republicanos) e o ex-vereador Rômulo Amorim.

As investigações seguem em andamento por ordem do STF, e os investigados estão proibidos de manter contato.

Informações: Roraima em Tempo