Enquanto Saúde de RR agoniza, Denarium aglomera e dança

Faltam medicamentos, máscaras, compressa, médicos, técnicos, aparelhos para exames, motorista de ambulância e Denarium dançando forró no interior

A Saúde em Roraima ainda está na UTI. O Roraima em Tempo continua recebendo denúncias de falta de material para cirurgias, tanto no HGR como na Maternidade. A última foi de uma autônoma que está há quase dois meses em casa com o joelho fraturado e não consegue fazer a cirurgia indicada pelos médicos porque não tem vaga e os insumos são insuficientes.

Se já não bastasse a precariedade, agora também falta motorista para ambulância no hospital de Pacaraima. A Sesau não conseguiu nem se quer explicar. Uma hora diz que tem e depois diz que não tem. Primeiro disse que a unidade tem escala de profissionais fechada, depois disse que dos seis motoristas, um está de férias e dois pediram demissão. Ou seja, os pacientes que lutem ainda mais!

Nove secretários já passaram pela Saúde estadual e nada desses problemas serem resolvidos. O atual, Leocádio Vasconcelos, não tem um histórico positivo na gestão pública, pois em 2018, ele foi condenado pela Justiça Federal por favorecimento de empresas, durante licitação na Saúde. Apesar de ele negar, outras acusações recaem sobre ele, como por exemplo, a do MPRR em 2014, por conceder licenças de ocupação de glebas, desobedecendo a uma decisão judicial.

E nada do Bloco E

Já são dois anos e meio de promessa e nada de o governo concluir o Bloco E do HGR. Já mudaram até o nome da unidade hospitalar, mas a obra não sai. A última informação do governo foi a chegada das centrais de ar. E é assim, nesse pinga-pinga que a construção está sendo feita. Tanto barulho na obra e nada de disponibilizá-la para quem realmente precisa: a população.

Fiasco

Depois de anunciar a antecipação da 2ª dose da vacina AstraZeneca em Roraima sem orientação da Anvisa, o governo voltou atrás. O anúncio da redução de 90 para 60 dias no intervalo entre a primeira e a segunda dose, foi feito no dia 13 de julho pelo ex-secretário Airton Cascavel. O problema é que teve município que adotou a medida e agora teve que suspender a aplicação da vacina.

Caso Yonny

A Polícia Federal pediu à Justiça para destruir as provas do caso dos R$ 50 milhões desviados da Educação. O esquema tem como peça-chave o esposo da deputada Yonny Pedroso, José Walace, empresário responsável pelo contrato. É que a polícia diz que os documentos já não têm serventia. O juiz Bruno Leal pediu para o Ministério Público Federal (MPF) se manifestar sobre o pedido de destruição em dois dias. O processo já estava para julgamento desde o dia 13 de junho, mas agora volta à fase de diligências.

Caso Yonny 2

É preciso lembrar que Yonny Pedroso tentou, por duas vezes, tirar o processo das mãos do juiz Bruno Leal. A defesa tem plena convicção que ela vai ser condenada. Tanto que pediu um habeas corpus preventivo à Justiça Federal para evitar a prisão da deputada em caso de condenação. Yonny alega que o processo tem que voltar para a 2ª Vara da Justiça Federal em Roraima, onde começou a tramitar a ação. Contudo, o juiz Bruno Leal já disse que ele é o magistrado especialista em matérias de organização criminosa. Logo, deve julgar o processo, o que deve ocorrer nas próximas semanas.

Calote

O vereador Ítalo Otávio deu um calote de quase R$ 84 mil em uma empresa de fornecimento de combustível, durante a campanha eleitoral de 2018. Depois de inúmeras tentativas de receber pagamento, a empresa acionou a Justiça e adivinha? O vereador agora paga a dívida com desconto no salário que recebe pela Câmara Municipal. À Redação, ele informou que fez um acordo com a empresa e afirmou que “não compactua com a política do ataque”, em uma tentativa de descredibilizar o trabalho da equipe que cumpre seu papel de apurar, assim como comprovar os fatos e, sobretudo, para prestar o serviço de manter a sociedade informada.

Propaganda sem sentido

O velho discurso de que “é tudo culpa do governo passado” parece que nunca sai de moda. Denarium insiste em fazer propaganda de que paga as contas das gestões anteriores, mas por outro lado, não divulga o quanto o estado está arrecadando e o que poderia ser feito com isso. Também não divulgou os R$ 18 milhões enviados para a Assembleia, justificando que é por excesso de arrecadação.

Aumento para os servidores

Poderia conceder então o aumento dos servidores que estão desde 2015 sem reajuste nenhum nos salários, bem como colaborando nos custos diários de trabalho. Até indicação de deputado para isso já tem, mas parece que enviar mais verbas para a ALE está na frente na lista de prioridades. A impressão é que Denarium está esperando chegar mais próximo do período das eleições para fazer o que poderia ter sido feito há muito tempo. Enfim, fontes da coluna dizem que a reprovação de Denarium entre os servidores é altíssima.

Perguntas:

  • Será que Denarium está esperando chegar perto das eleições para dar o aumento dos servidores?
  • Quando o governo vai acordar e enxergar a Saúde na UTI?

Informações: Roraima em Tempo