PF investiga participação do ex-deputado Abel Galinha em desvios de quase R$ 12 milhões

A ação é um desdobramento da operação Godfather, deflagrada em outubro de 2020 que investigava o suposto envolvimento do empresário e ex-deputado federal Abel Mesquita, o Abel Galinha em fraudes de mais de R$ 14 milhões (Foto: Divulgação PF/ Arquivo Pessoal)

Na manhã desta terça-feira, 24, a Polícia Federal deflagrou a operação ‘Suserano’, com o objetivo de investigar a atuação de uma suposta rede destinada a desviar recursos públicos federais de quase R$ 12.000,00 provenientes de emendas parlamentares de um ex-deputado federal.

A ação é um desdobramento da operação Godfather, deflagrada em outubro de 2020 que investigava o suposto envolvimento do empresário e ex-deputado federal Abel Mesquita, o Abel Galinha em fraudes de mais de R$ 14 milhões. Além do ex-parlamentar, um procurador estadual também foi alvo da Gofather, à época. A operação investigava um esquema de propina e fraudes em licitações entre agosto de 2017 e abril de 2019.

“As investigações são um desdobramento da segunda etapa da operação Godfather, deflagrada em outubro de 2020, que investigaram o suposto envolvimento do mesmo ex-parlamentar federal em fraudes em mais de R$ 14.000.000,00 em contratos da Secretaria de Saúde de Roraima”, diz trecho da nota .

Segundo informações da PF, os agentes cumprem dez mandados de busca e apreensão em Boa Vista e em Brasília-DF, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal em Roraima, após requerimento da Autoridade Policial e manifestação favorável da Procuradoria Regional da República.

Ainda conforme informativo, seis convênios foram assinados com quatro empresas para realização de obras e serviços em municípios do interior do Estado de Roraima, no valor de R$ 11.901.876,14. As investigações apontam que o ex-congressista, mesmo após o mandato, se beneficiaria das emendas parlamentares de sua autoria, mediante a contratação de empresas de seu círculo pessoal e familiar como beneficiárias das licitações, agindo como se fosse o dono das verbas públicas envolvidas, incluindo seu genro e o tesoureiro regional do partido cujo diretório é por ele presidido.

Também levantaram suspeitas a baixa quantidade de funcionários das empresas – uma delas inclusive sem funcionários – ou a inexistência de realização de outros serviços que não os para as prefeituras.

Informações: Portal O Poder