Um dia após inaugurar nova fachada, Governo deixa faltar médico no HGR para atender idoso

Aposentando, de de 77 anos, passou mal em casa e foi levado a emergência, mas não havia especialista, informou um filho - foto: Divulgação

O filho de um idoso, de 77 anos, que sofre com problema cardíaco, denunciou no último sábado (28) a falta de cardiologista no Pronto Socorro Francisco Elesbão, anexo ao Hospital Geral de Roraima (HGR), em Boa Vista.

O filho, que pediu para não ser identificado com receio de represálias na unidade, afirmou que o pai passou mal em casa e precisou ser levado com urgência ao hospital, mas, chegando lá, não havia especialista para fazer o atendimento adequado. O pronto socorro foi reinaugurado um dia antes.

O idoso, segundo o filho, só foi atendido cera de 1 hora depois, após a família fazer contato com várias pessoas na unidade e relatar o caso à imprensa.

“A explicação que deram é que não tinha especialista, até que conseguimos falar com umas pessoas e ele foi atendido. Se alguém chegar aqui morrendo e precisar de um cardiologista, vai morrer. Essa é a questão: não ter o especialista na hora que precisa”, disse.

Segundo ele, o pai sofria com dores na coluna e há três meses, após uma série exames, foi identificado que ele estava com os batimentos cardíacos abaixo do normal.

“Ele vem sentindo muita dor nas costas e no peito. A gente foi fazer umas consultas e os batimentos cardíacos dele estão muito baixos, em 35, é quase nada. No momento, ele está muito fraco”, contou.

Ainda segundo o filho, o pai piorou após ter sido informado que precisaria fazer uma cirurgia de marcapasso, mas que no estado não tem como fazer o procedimento.

“Com a notícia, ele ficou muito abalado e, aí, acabou piorando a situação dele. E hoje, ele está bem fraco, com a respiração ofegante, com dores no peito e nas costas.

Ele disse, ainda, que foi informado por servidores do HGR que ele deveria levar o pai até o Cosme e Silva, porém, uma parente, que trabalha na unidade, disse a ele que na unidade também não havia o especialista.

“É um absurdo. O pronto socorro está novinho, brilhando, mas não tem médico, que é o mais importante. A pressão do meu estava muito alta e a qualquer momento ele poderia sofrer uma parada cardíaca”, disse. O idoso ainda está no hospital.

Informações: G1 Roraima