Polícia Federal prende membros de facções que pichavam casas de agentes públicos

Se condenados, os envolvidos podem cumprir penas que ultrapassam 13 anos de prisão

Dois criminosos que não tiveram nomes e nem as idades informados foram presos na manhã terça-feira (29) em Boa Vista. As prisões foram feitas por policiais federais e Conforme a Polícia Federal, a ação policial foi em cumprimento a mandados de prisões preventivas, decretadas pelo juiz da Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas.

O magistrado atendeu a solicitação (representação) da autoridade policial (delegado) que preside o inquérito policial que apura o envolvimento deles com ações criminosas em nome de uma facção. “Se condenados, os envolvidos podem cumprir penas que ultrapassam 13 anos de prisão”, destacou a PF.

Caso – Segundo explicou a PF, no início deste ano foi instaurado inquérito policial para investigar pichações feitas em frente a residências de agentes de segurança pública em Boa Vista. “As grafias, que faziam alusão à facção criminosa e a um de seus dirigentes, são similares às que estão sendo feitas durante a prática de outros crimes no estado, como furto e vandalismo em escolas”, informou.

Ainda de acordo com a polícia, pichações com menção à facção criminosa configuram crime (promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa), cuja pena, de até 8 anos, é aumentada nos casos em que a organização criminosa faz emprego de arma de fogo ou se ela mantém conexão com outras organizações criminosas, dentre outros. O crime em destaque está previsto no artigo 2º da Lei 12.850 de 2013.

“Além deste, os infratores podem responder, também por crimes contra o meio ambiente, com pena de até 1 ano de detenção, previstos no artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais”, frisou.

Foragido – Além dos dois suspeitos presos nessa terça-feira a polícia procura um terceiro criminoso que também teve a prisão preventiva decretada, porém ele não foi encontrado e passou a ser considerado foragido da Justiça. “Dois dos envolvidos possuem antecedentes criminais por furto e corrupção de menores, e o terceiro informou que já ficou preso na Venezuela, acusado de ser cúmplice em um homicídio”.

 

Encarcerados – Ainda na manhã de terça-feira após dois presos darem ciência aos mandados de prisões, passaram por exames de integridade física no IML e depois foram entregues na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, onde devem ficar à disposição da Justiça e aguardar o julgamento do processo.

Com informações de: Roraima em Tempo