Cobertura vacinal contra gripe em Roraima está em 30%; campanha finaliza em maio

Pelo menos cinco municípios de Roraima registraram baixo índice de vacinação contra a gripe (H1N1), conforme balanço informado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). A campanha nacional de vacinação teve início no Estado no dia 10 de abril e segue até 31 de maio.

A secretaria recebeu mais de 220 mil doses da vacina para atender a demanda de todas as regiões de Roraima. No entanto, em alguns locais, as pessoas não têm demonstrado interesse em se imunizarem. A meta é atender 90% do público alvo, algo em torno de 200 mil pessoas.

De acordo com a gerente do Núcleo Estadual do Programa Nacional de Imunizações, Carmem Muniz, a baixa adesão ocorre principalmente nos municípios de Iracema, Caracaraí, São João da Baliza, Pacaraima e Amajari. Em todo o estado, pouco mais de 30% do público já foi imunizado.

“A procura está baixa, mas não é em todos os municípios. No Uiramutã, Caroebe, Alto Alegre, Mucajaí e Normandia são cidades em que as pessoas estão indo atrás para se vacinar. Nas localidades de baixa procura, a gente pede para que compareçam aos postos de saúde para se imunizarem”, frisou Carmem.

Os grupos prioritários para receber a vacina são: trabalhadores da saúde; povos indígenas; puérperas (mulheres até 45 dias após o parto); idosos acima de 60 anos; professores de escolas públicas e privadas; pessoas com doenças crônicas ou imunidade baixa; jovens sob medidas socioeducativas.

Também estão incluídos funcionários do sistema prisional; detentos; profissionais das forças de segurança e salvamento, como policiais, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas, além de crianças de seis meses a seis anos, e grávidas em qualquer período gestacional.

De acordo com o Ministério da Saúde, a escolha do público como prioritário foi feita por causa da maior vulnerabilidade do grupo. Este ano, ainda não há previsão de prorrogar a campanha para atender mais pessoas.

“O apoio da população é fundamental. A campanha só pode ser um sucesso se as pessoas aderirem”, comentou Carmem, ao alertar sobre a possibilidade de as pessoas terem problemas de saúde no futuro, caso não se vacinem.

“Esses casos de mortes que houve em Manaus foram de pessoas que não estavam vacinadas. Se a pessoa contrair o vírus de forma grave e a imunidade dela estiver baixa, ela pode morrer. Quando vacinada, pode até ter uma reação, porém, isso nunca será do agravo que levará a óbito”, ressaltou.

Informações – Roraima Em Tempo