Acusado de desvio de R$ 50 milhões de recursos do transporte escolar, empresário já está há 24 dias foragido

O nome de José Walace foi incluído no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos, o que dificulta uma possível saída do país
O nome de José Walace foi incluído no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos, o que dificulta uma possível saída do país

O Empresário José Walace Barbosa da Silva, suspeito de ser maior o beneficiário do esquema que desviou R$ 50 milhões de recursos do transporte escolar, está foragido desde o último dia 14, quando a Policia Federal deflagrou a Operação Zaragata. Outras nove pessoas, incluindo a esposa do empresário, a deputada eleita Ionny Pedroso (SD), foram presas preventivamente.

O nome de José Walace foi incluído no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos, o que dificulta uma possível saída do país. Ele é dono da empresa Dimond Tours Logística e Transportes Ltda. vencedora de um contrato emergencial para atender rotas do transporte escolar em Roraima. No entanto, investigações apontam que o contrato em vigor não cobria localidades citadas nas cláusulas contratuais. O serviço não era prestado, principalmente, nas áreas indígenas e rurais do Estado.

Conforme os inquéritos policiais, o contrato de R$ 78 milhões firmado com a Dimond já tinha sido contemplado por outros contratos de demais terceirizadas. Ou seja, as rotas ficavam sobrepostas. Algumas das localidades, segundo a PF, nem existem no Estado.

“As rotas já estavam em vigência por outra empresa. Com isso, professores e diretores em conluio com as empesas assinavam os documentos de que as crianças estavam indo para a aula. Eram fichas em branco que já estavam assinadas e carimbadas pelo professor ou diretor e eram entregues aos empresários para serem preenchidas”, reforçou o delegado Anderson Alves Dias, responsável pela Operação.

Durante o esquema de corrupção, os estudantes das comunidades indígenas e zona Rural do Estado ficaram sem o serviço. De acordo com a Secretaria de Educação, só em uma escola aproximadamente 240 alunos perderam o ano letivo e um calendário especial será criado pela secretaria.

Prisões – Foram presas durante a operação a deputada eleita Ionny Pedroso, Aline Karla Lira de Oliveira, Tenilles Queiroz Maia, Silvestre Minotto, Dilzomar Batista da Silva, Francisco Eyder Rodrigues de Araújo, Abmael Alves de Queiroz e Thiago Lima Martinez. Outras duas pessoas que respondiam juridicamente pela empresa não tiveram o nome divulgado também foram presas.

Ionny Pedroso e Aline Karla tiveram a prisão preventiva revertida em prisão domiciliar. De acordo com o advogado de Pedroso Ângelo Peccini, a deputada eleita irá comparecer a cerimônia de posse no próximo dia 1º.

Informações: Roraima em Tempo