Instituto Boa Vista de Música inicia ano letivo com ensino gratuito a crianças e adolescentes

A boa música pode ser acessível a todos. Essa é a proposta do Instituto Boa Vista de Música (IBVM), que deu início às atividades de 2020 nesta semana. Os alunos já têm aulas nos três polos da cidade: sede do IBVM na praça do Mirandinha, Vila Olímpica Roberto Marinho e Palco da Praça de Eventos Aderval da Rocha.

O instituto possui sete projetos sociais que atendem gratuitamente cerca de 800 crianças e adolescentes de Boa Vista. São eles: Orquestra de Violões, Banda Juvenil, Orquestra Sinfônica Infantojuvenil, Orquestra de Flauta Doce e Coral Infantil, Musicalização e Percussão.

Para fazer parte é preciso estar na escola e ter entre 7 e 18 anos de idade. Todo esse trabalho que proporciona uma verdadeira transformação na vida das crianças e de suas famílias tem apoio da Prefeitura de Boa Vista, por meio da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (Fetec).

“Hoje nós temos 60 funcionários no instituto, aproximadamente 30 professores. Os nossos eventos também, a logística, o próprio teatro que a gente faz evento, que é um local de captação de recursos, também para ajudar no orçamento para apoiar as crianças. O projeto tem todo apoio da prefeitura e Fetec”, explicou o maestro Carlos Felício, diretor presidente do IBVM.

“A música vem Para todos de forma igual e faz com que essas crianças se unam, interajam e tenha boas perspectivas pro futuro”, afirma o professor da Orquestra de Violões, Celso Lima. E ele acrescenta que grande parte dos alunos do curso de Licenciatura em Música, da Universidade Federal de Roraima, onde ele também ensina, saiu dos projetos sociais do instituto.

É o caso de Aderval Neto, que ingressou aos 8 anos no instituto, para aprender bateria. Hoje dá aula para outras crianças, faz parte da Orquestra de Violões e está na UFRR cursando Música. A veia artística é de família. Inclusive, o palco da Praça de Eventos Aderval Rocha é uma homenagem ao avô dele, fundador do grupo folclórico “Cangaceiros do Thianguá”.

“Eu já tocava quando era pequeno em grupos folclóricos da minha família. Foi aí que eu fui começando, logo junto quando eu entrei aqui fazendo aula. Então, desde sempre eu tive esse contato. Não teve pra onde correr”, disse Aderval.

O próximo desafio do IBVM será acompanhar um dos mais renomados maestros do país, João Carlos Martins, que vai se apresentar neste sábado, 15, na Praça Fábio Marques Paracat, a partir das 20h.

Uma história de sucesso – O Instituto Boa Vista de Música (IBVM) foi criado em 2005 pela prefeitura, em parceria com a Fetec, com a proposta de democratizar o ensino da música na cidade. Nesses 14 anos, o instituto tem exercido essa missão de levar a música, de forma gratuita, em suas diversas vertentes – desde o popular até o erudito – para crianças, adolescentes e jovens.

Além dos projetos sociais mantidos pelo IBVM, há ainda os projetos artísticos. São eles: Banda Municipal, Orquestra de Câmara e Banda Realce, que atendem os eventos municipais, como por exemplo, o Ciclo das Quintas, o Igarapé Musical do Mirandinha, circuito da Banda Municipal nos bairros da cidade, entre outros. Os músicos são, a grande maioria,  professores das crianças nos projetos sociais