Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela é preso, mas logo liberado

Segundo a mulher de Juan Guaidó, Fabiana Rosales, os agentes de inteligência teriam retirado o presidente da AN à força de seu carro
Segundo a mulher de Juan Guaidó, Fabiana Rosales, os agentes de inteligência teriam retirado o presidente da AN à força de seu carro

O presidente da Assembleia Nacional (AN) da Venezuela, Juan Guaidó, foi preso neste domingo por agentes do Serviço de Inteligência Bolivariana (Sebin) em uma estrada que liga Caracas a La Guaira, capital do estado de Vargas, no Norte do país, onde ele era esperado para uma reunião. O deputado foi solto quase uma hora depois.

Segundo a mulher de Guaidó, Fabiana Rosales, os agentes de inteligência teriam retirado o presidente da AN à força de seu carro. Um vídeo que mostra a ação foi divulgado no Twitter pelo partido Vontade Popular, fundado por ele, que faz oposição ao presidente Nicolás Maduro.

Na última sexta-feira, Guaidó declarou-se disposto a assumir a Presidência, num possível governo de transição na Venezuela. Em discurso, ele disse que a Constituição venezuelana o legitima a assumir o poder em uma transição depois que o Legislativo, de maioria opositora desde as eleições de 2015, declarou Maduro um “usurpador”.

Solto uma hora depois da prisão neste domingo, Guaidó chegou ao palanque onde participaria de um ato público e disse à plateia ter sido vítima de um “golpe de Estado”, reafirmando que tem direito de assumir o poder, segundo a Constituição do país. “Denunciamos um golpe de Estado contra o presidente legítimo da Assembleia Nacional e toda a Venezuela”, afirmou no discurso.

No Twitter, pouco antes, havia escrito: “Já estou no meu berço, no meu estado Vargas. O regime tentou me impedir, mas nada e ninguém vai nos impedir. Aqui continuamos em frente para a nossa Venezuela”.

O ministro de Comunicação e Informação do governo Maduro, Jorge Rodríguez, declarou a detenção de Guaidó como “irregular” e como uma ação “individual” de funcionários da Sebin que, segundo ele, foram “destituídos”.

Informações: O Globo