O vereador Ruan Kennoby, acusado de violência doméstica neste sábado (2), torrou de verba indenizatória exatamente o total permitido mensal, que é de R$ 28.300. E isso nos sete primeiros meses de seu mandato. Isso, sem contar os meses de agosto e setembro, que ainda não está disponível no portal da transparência da Câmara de Vereadores.
Desses gastos, Ruan informa ter aplicado mais de R$ 93 mil só com consultoria de imprensa e divulgação em geral em apenas sete meses de mandato. Ruan também gastou com serviços de contabilidade, gráficos e pesquisas sócio econômicas outros R$ 105 mil.
O que chama atenção é que os serviços de contabilidade, gráficos e de pesquisas custaram exatamente R$ 35 mil, cada um, sem tirar nem pôr um centavo sequer. O portal da transparência não é claro na descrição de cada serviço pago, informando apenas o montante gasto. Por conta disso, não é possível mensurar ou descobrir os motivos desses serviços terem os custos idênticos.
Vale lembrar que o verador, ligado ao deputado Jalser Renier e ao governador Antônio Denarium, já é conhecido em Boa Vista por aparecer, durante a pandemia, em bares e postos de gasolina ingerindo bebidas alcoólicas até altas horas da madrugada desrespeitando recomendações sanitárias.
Kenobby é vereador de primeiro mandato e, em todas as oportunidades que teve tanto em plenário como em redes sociais, defendeu seus líderes políticos, o deputado Jalser Renier e o governador Antônio Denarium.
Reviravolta – O vereador Ruan Kenobby está sendo acusado de agressão contra mulher, conforme boletim de ocorrência nº 00041862/2021-A01, registrado na madrugada deste sábado, 2, na Polícia Civil. A ocorrência foi feita às 03h19 pela vítima, Carolini Miranda, ao delegado de polícia Marcus Antônio de Paiva.
De acordo com B.O., a agressão ocorreu “dentro do carro no percurso do bairro Aparecida até o bairro Centenário”, por volta das 19h e 19h30 dessa sexta-feira, 1º. O delegado de plantão classificou a natureza do crime como “Lesão corporal dolosa (Art. 129 do CPB) – Violência contra mulher.
Contudo, horas depois de fazer o primeiro registro, a mulher retornou à delegacia e mudou o depoimento. Pela Lei Maria da Penha uma denúncia não pode ser retirada. A vítima contou que durante o trajeto agrediu o vereador com um tapa no rosto e depois saltou do veículo. Procurada, ela disse que “já está tudo resolvido” e que não vai se manifestar sobre o caso.
Informações: Roraima em Tempo