
A Polícia Civil de Roraima publicou neste final de semana uma nota de repúdio em resposta às declarações feitas pelo ex-senador Telmário Mota após sua saída da cadeia para prisão domiciliar.
Mota fez ataques diretos ao delegado responsável pela condução do inquérito que investigou o assassinato de Antônia Araújo Sousa, ocorrido em setembro de 2023. Em entrevista, o ex-parlamentar o chama de “mentiroso” e diz que sua prisão foi “injusta” e baseada em “denúncias falsas”.
Na nota divulgada pela Polícia Civil, a instituição classificou as falas de Telmário como caluniosas e levianas, reiterando a legalidade da Operação Caçada Real, que resultou na prisão do ex-senador e outros investigados.
“A operação Caçada Real, deflagrada pela Polícia Civil, numa ação integrada com o Departamento de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, foi fruto de uma investigação criteriosa, técnica e fundamentada em provas materiais robustas, que apontam Telmário Mota como um dos autores intelectuais do crime. A apuração dos fatos não se baseou em suposições ou em ‘vazios investigativos’, mas sim em elementos concretos que incluem laudos periciais, provas documentais, depoimentos e interceptações autorizados pela Justiça”, destaca a Civil.
O documento reforça que o delegado agiu dentro da legalidade e com o compromisso com a verdade. “Não nos calaremos diante de ataques que visam enfraquecer a verdade e a Justiça. A verdade está nas provas – e elas apontam para a participação direta de Telmário Mota e seus aliados na execução deste crime bárbaro”, finaliza a nota.
Telmário Mota foi recentemente condenado por importunação sexual contra a própria filha. Ele também é investigado como mandante do assassinato de Antônia Araújo Sousa, a mãe de jovem.
O crime ocorreu no dia 29 de setembro de 2023. Ela teria uma audiência sobre o caso da filha nos dias posteriores. A decisão de matar Antônia teria partido de uma reunião na fazenda de Telmário, chamada Caçada Real, o que inspirou o nome da operação da Polícia Civil.
Fonte: Da Redação