Polícia Civil cumpre três mandados de prisão de condenados por estupro de vulnerável

Polícia Civil cumpre três mandados de prisão de condenados por estupro de vulnerável
Foto: Divulgação/Polícia Civil

A operação, coordenada pelo delegado titular da Polinter, Alexandre Matos, foi realizada em Boa Vista na última quarta-feira, dia 30, e os acusados apresentados na ultima sexta (1), na Audiência de Custódia.

A primeira prisão foi do agricultor B.S.B.S., de 64 anos, condenado a 14 anos de prisão em regime fechado. Ele foi preso nas dependências de um hospital público localizado no Centro de Boa Vista.

O crime ocorreu em 2014, quando a vítima, portadora de deficiência mental, tinha 14 anos de idade. Ela morava com o agressor, marido da avó, e com mais três irmãs em um sítio na região da Confiança III, no município do Cantá. O caso veio à tona após denúncia anônima feita ao Conselho Tutelar, que realizou visita técnica ao local. Durante a ação, a vítima revelou que era abusada com frequência pelo avô por afinidade, especialmente na ausência da avó. Mesmo negando as acusações ao ser apresentado na delegacia, o condenado foi responsabilizado pela Justiça.

A segunda prisão foi de L.D.O.C., de 45 anos, condenado a 13 anos e 20 dias de prisão em regime fechado. De acordo com o relato da vítima, os abusos começaram quando ela tinha apenas sete anos e frequentava a casa do agressor, considerado seu primo por afinidade, para brincar com o filho dele. A vítima contou que o homem a agradava para se aproximar, aproveitando-se da ausência de testemunhas. Além disso, ela afirmou que também foi violentada por outros dois primos, após descobrirem o abuso inicial. Os crimes ocorreram entre os anos de 2013 e 2014, e cessaram apenas quando a vítima completou 15 anos. L.D.O.C. foi preso nas dependências do Fórum do Caranã, ao comparecer para assinar um documento, ocasião em que a Polícia Militar identificou o mandado em aberto e acionou a Polinter.

A terceira prisão foi de A.A.G., de 39 anos, no bairro Santa Teresa. Ele foi condenado à pena de 16 anos e quatro meses de reclusão pela Vara de Crimes Contra Vulneráveis do TJRR (Tribunal de Justiça de Roraima) por estupro de vulnerável contra a enteada praticada quando ela tinha sete anos até seus 12 de idade, no período de 2007 a 2012.

Quando o caso foi descoberto a vítima já estava com 13 anos de idade. Ela tem deficiência intelectual. A violência contra ela, começou quando sua mãe precisou levar um dos filhos ao hospital, deixando-a sozinha com o agressor. O homem teria feito ameaças para manter os abusos em segredo, afirmando que mataria a pessoa que ela mais amava, sua avó.
Com medo, a vítima cedeu às ameaças, e os estupros passaram a ser frequentes. Mesmo relatando os fatos à família, ela foi desacreditada. A violência só veio à tona quando colegas de escola comentaram que a adolescente estaria grávida, o que levou os avós a procurarem a direção da escola. A diretora da instituição conversou com a vítima, que revelou os abusos, dando início à apuração policial. O homem foi processado e sentenciado pela Justiça.

Os três homens foram apresentados em audiência de custódia e, posteriormente, encaminhados ao sistema prisional, onde cumprirão as penas a que foram condenados.