
Um advogado, de 41 anos, foi preso nesta terça-feira, 6, no bairro Jardim Floresta, zona Oeste de Boa Vista, por descumprir medida protetiva contra a ex-companheira, de 27 anos.
Conforme a Polícia Civil de Roraima, a vítima registrou um boletim de ocorrência contra o acusado após conviver maritalmente com ele por aproximadamente seis meses. A mulher estava separada do advogado há pouco tempo e, desde então, o ex-companheiro a incomodava com ligações, por exemplo.
Ela afirmou que a convivência com o homem foi conturbada e que ele sempre a agredia verbalmente com palavras de baixo calão, humilhando e a mandando embora da casa dele. Ainda segundo a vítima, o ex-companheiro é usuário de substâncias entorpecentes, como ecstasy e lança perfume. A mulher relatou que ele intensificava as agressões quando estava sob efeito de drogas.
Devido às importunações, ela solicitou medida protetiva, que foi deferida pela Justiça. Em seguida, o advogado também registrou um boletim de ocorrência contra a ex-companheira e obteve medida cautelar que determinou o afastamento dela, sob pena de prisão.
Quebra de medida protetiva
No último domingo, 4, a mulher estava em uma chácara com amigos que também conhecem o homem. Ela informou sobre a medida protetiva e pediu para ser avisada caso ele chegasse ao local. Mesmo com a determinação para que ele mantivesse a distância, o advogado se aproximou da vítima, que acionou a Guarda Civil Municipal (GCM).
Para a equipe, o homem se identificou como advogado e mencionou também ter uma cautelar. A Guarda então orientou que ele seguisse a viatura até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) com seu próprio veículo. Enquanto isso, a vítima foi conduzida na viatura. Durante o trajeto, em razão das condições da estrada, a GCM percebeu que o acusado havia deixado de seguir o carro e tampouco compareceu ao plantão.
A partir disso, a vítima registrou um boletim de ocorrência por descumprimento de medida protetiva. O procedimento foi encaminhado ao Poder Judiciário, que abriu vistas ao Ministério Público. O órgão representou pela prisão preventiva do advogado, posteriormente decretada pela Justiça.
Fonte: Da Redação