Com risco de atrofia no braço, paciente aguarda há três meses por emissão de passagens aéreas do TFD para fazer cirurgia em Brasília

Com risco de atrofia no braço, paciente aguarda há três meses por emissão de passagens aéreas do TFD para fazer cirurgia em Brasília
Fachada da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) – Foto: Ian Vitor Freitas/ Roraima em Tempo

Ivan Fernando, que precisa ir à Brasília para fazer uma cirurgia de urgência, aguarda desde setembro pela emissão de passagens aéreas do Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Ele corre o risco de atrofia muscular no braço direito após sofrer um acidente de moto, ocasião em que quebrou o punho e a pelve.

O paciente fez uma cirurgia no Hospital Geral de Roraima (HGR). Mesmo depois das sessões de fisioterapia, Ivan teve que procurar o TFD devido às dores no braço.

“Eu sinto uma dor neuropática crônica que não passa nem por um segundo. Tem a pregabalina [medicamento para tratamento da dor] que alivia um pouco a dor, mas continua sendo insuportável. A bacia eu não sinto mais dor nenhuma. O TFD seria somente para o braço, mas aqui em Roraima não tem essa cirurgia do braço”, relatou o paciente.

Sem resposta do TFD

Ivan conta que procurou ajuda no TFD e que foi aceita pela equipe. Contudo, até o momento, não teve retorno. “Até agora não me responderam para fazer a cirurgia. Os médicos do Hospital Sarah Kubitschek falaram que o prazo para a minha situação é de 9 meses”, disse.

Agora, enquanto aguarda uma resposta, o paciente teme que se não fizer a cirurgia o mais breve possível, pode ter o nervo do braço atrofiado.

“O meu braço está muito fino, só está o osso e enquanto eu não fizer essa cirurgia, ele vai continua afinando. Já se passou 6 meses desde o meu acidente e o meu medo é acabar o prazo que me deram de 9 meses. Eu peço por favor, para agilizarem essa situação, eu sinto muita dor, eu só queria um minuto de paz, é uma dor constante”, desabafou Ivan.

Outro lado

Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que Ivan Fernando encontra-se devidamente regulado na fila única do SUS. Conforme a Coordenadoria Geral de Regulação, Avaliação e Controle, foram realizadas solicitações para a Rede Sarah e Complexo Regulador em Saúde do Distrito Federal, mas até o momento não houve retorno das unidades sobre disponibilidade de vaga.

Por fim, a pasta destacou que a liberação de TFD é feita mediante a disponibilidade de vaga em unidade na rede SUS em outro Estado.

Fonte: Rádio 93 FM