A IplantForest, empresa sediada em Boa Vista, desenvolveu um “respirador mecânico”, um ventilador não-invasivo com pressão positiva (VNPP), para ser utilizado pelas instituições públicas de saúde no atendimento aos pacientes com Covid-19. O protótipo foi idealizado pelos empresários Marcello Guimarães e Eduardo Guimarães e será disponibilizado gratuitamente.
O novo coronavírus, quando em contato com o pulmão, pode causar inflamação nos órgãos, impedindo que eles sejam capazes de oxigenar o sangue para que seja feita a remoção de dióxido de carbono. O paciente acaba ofegando em excesso e sentindo dificuldades intensas na hora de respirar.
É aí que entra o “respirador mecânico”, um equipamento essencial para manter vivo um paciente com Covid-19 em estado grave. O protótipo da InplantForest é muito mais barato que um equipamento convencional, pois as peças utilizadas custam menos de R$1.000.
“Nós decidimos procurar um projeto já produzido e nos inspiramos em um que foi desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Nosso equipamento conta com peças de plásticos, mais duráveis, além de motor de vidro elétrico de automóvel, que é muito resistente, representando uma solução muito robusta”, afirma o empresário Marcello Guimarães.
O respirador possibilita a assistência ventilatória com Fração inspirada de oxigênio (FiO2) e pressão positiva controladas de vias aéreas, sem via aérea artificial invasiva. Isso evita muitas complicações associadas com a intubação traqueal e a ventilação mecânica.
“Agora nós estamos em contato com médicos e outros profissionais de saúde, para que conheçam a máquina, façam a calibragem e pequenos ajustes, para então o equipamento possa entrar em operação. Esse é um sistema de ‘guerra’. Então, se você não tem um respirador que custa uma fortuna, este com certeza será de fundamental ajuda nesses tempos de pandemia”.