Merendeiras terceirizadas que atuam em escolas indígenas denunciam atraso de salários por falta de repasse do Governo de Roraima

Merendeiras terceirizadas que atuam em escolas indígenas denunciam atraso de salários por falta de repasse do Governo de Roraima
Prédio da Secretaria de Estado da Educação (Seed) – Foto: Ascom/Seed

Merendeiras terceirizadas da Secretaria de Estado da Educação (Seed), responsáveis pelo fornecimento de mão de obra às escolas indígenas de Roraima, denunciam atraso no pagamento dos salários referentes ao mês de março.

Segundo uma das trabalhadoras, que preferiu não se identificar, um representante da empresa Suporte Terceirização e Soluções alegou que a firma ainda aguarda o repasse da verba pela Pasta do Governo. A mulher relata que os atrasos acontecem frequentemente.

“Todo mês está sendo essa dificuldade. A nossa folha de pagamento fecha todo dia 25, sendo que até o décimo dia de cada mês é para a gente receber o salário, já que somos terceirizados, contratados por empresas. Só que isso nunca aconteceu. A gente está querendo receber o pagamento do mês de março, sendo que a folha de abril já fechou”, contou.

O último pagamento realizado pela empresa ocorreu no dia 24 de março, referente ao salário do mês de fevereiro. Desde então, várias merendeiras seguem sem receber. “Todos os merendeiros das áreas indígenas estão sem receber […] E são muitos merendeiros, porque tem escola que tem três merendeiros, tem escolas que tem dois, tem que escola que tem um. Agora imagina aí quantas comunidades indígenas que têm escola estadual. São muitos merendeiros”, disse a denunciante.

‘Só promessas’

Ainda segundo a trabalhadora, a Secretaria de Educação prometeu substituir a empresa contratada devido ao acúmulo de reclamações, mas até agora, nada foi resolvido. “Nós chegamos até a receber uma lista de documentação para a gente deixar tudo organizado para quando marcarem uma data para a gente ir lá levar essa documentação para sermos contratados por essa outra empresa que a Secretaria de Educação vai contratar. Só que, até agora, só promessas. Ninguém sabe nem que empresa é essa e o nosso salário também nada até agora”, pontuou.

A situação, de acordo com a merendeira, tem afetado diretamente a vida de vários trabalhadores, muitos deles pais e mães. “É chato isso, porque muitos merendeiros têm filhos. Eu mesma tenho um bebê de um ano. Então assim, eu trabalho porque eu quero dar uma qualidade de vida para o meu filho, dar o que ele precisa, só que aí, sem receber, como a gente consegue suprir as necessidades dos nossos filhos e as nossas também?”, questionou a mulher.

O Roraima em Tempo entrou em contato com a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e com a empresa Suporte Terceirização e Soluções e aguarda retorno.

Fonte: Da Redação