O Exército Brasileiro deflagrou a 11ª Operação Curare em Roraima, levando aproximadamente 300 militares para combater os crimes ambientais e transfronteiriços, particularmente aqueles ligados ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.
A operação começou nesta terça-feira, 24, e foram desencadeadas ações terrestres, aéreas e fluviais, em coordenação com órgãos de segurança pública e agências coordenadas pela 1ª Brigada de Infantaria de Selva.
O Exército conta com apoio de agentes da Funai, Ibama, Polícia Federal, Icmbio, Polícia Civil e Militar de RR, além de agentes da Femarh, atuando em suas esferas de atribuições específicas.
Em entrevista para a Folha, o tenente-coronel Gimenes, da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, explicou que esta operação Curare tem foco na área Yanomami.
“Existem outras equipes que estão trabalhando na operação Verde Brasil, espalhadas pela área da fronteira, lá em cima, na área da Raposa Serra do Sol, no sul do estado, e naqueles municípios mais ao sul, Rorainópolis até lá na fronteira com o Amazonas, que é a nossa área de atuação”.
Em relação ao plano de retirada dos garimpeiros, ele informou que é Sigiloso e que não pode dar informações sobre possível destruição de pistas clandestinas.
O militar informou que o Exército está preparado para uma possível resposta agressiva dos garimpeiros que não queiram sair do local. “Nós vamos seguir o uso gradual da força de acordo com a resposta que for dada pelos garimpeiros. Se houver uma relação pacífica, será pacífica. Se houver emprego da força, pelos garimpeiros, será gradual, de acordo com as regras de engajamento vigente”.
Hoje o Exército não tem um levantamento específico de quantos garimpeiros teriam invadido a área Yanomami, mas estima que estejam no local de 5 a 8 mil pessoas.
“Estimamos esse quantitativo e eles serão orientados a saírem da área por livre vontade. No momento que adentrarmos a área do garimpo eles não vão ter o que fazer, a não ser voltar para a cidade”.
A Operação Curare também tem a finalidade de intensificar a presença militar na Amazônia Brasileira junto à faixa de fronteira, contribuir no combate aos delitos transfronteiriços e ambientais, realizar atendimento de saúde e odontológico dos habitantes locais.
Informações: Folha de Boa Vista