Poucas horas após ter sido liberada pela Justiça, a deputada estadual Yonny Pedroso tomou posse no início da noite desta segunda-feira, 14, em sessão extraordinária na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Ela ainda encontra-se sob prisão domiciliar, acusada de envolvimento em um esquema de desvio de verbas públicas, porém, somente no período noturno ou em dias de folga.
Na presença do presidente da casa, Jalser Renier, e dos demais deputados estaduais, Yonny fez um emocionado juramento de posse, cujo termo foi assinado em seguida pela diretoria da ALE-RR. Em seu discurso, a deputada agradeceu a Deus, à família e a todos os 5.872 votos que recebeu nas eleições de 2018, em que ela foi a 3ª mais votada.
“Eu estou, graças a Deus, livre, confiante. Tudo vai ser esclarecido, pois sou uma pessoa idônea. E, se Deus quiser, vou cumprir os quatro anos de mandato, fazer cumprir todas as vontades e necessidades que me incumbir, como também prestar um serviço de qualidade à sociedade, assim com apoio de todas as pessoas que me confiaram o voto”
Yonny e o marido, Wallace Barbosa, são acusados de fazer parte de um esquema que desviou cerca de 190 milhões de recursos que seriam destinados ao serviço de transporte escolar. Ela ressaltou sua inocência e que está à disposição da sociedade para qualquer esclarecimento. “Sou inocente e tudo vai ser provado. As investigações estão ocorrendo e estou aqui para prestar qualquer informação que a sociedade quiser desejar”, disse ela, presa durante a operação Zagarata, em dezembro passado.
O deputado e presidente da ALE-RR, Jalser Renier, deu as boas vindas à deputada. “Receba o reconhecimento de toda esta casa, pois a partir de agora, somos 24 deputados. Temos muito o que fazer, porque a nossa responsabilidade perante à sociedade será garantida e nosso mandato, seja reconhecido pela sociedade. Vivemos uma eleição muito conturbada, mas a democracia como sempre, venceu as eleições”.
Liberação – A posse de Yonny aconteceu por força de uma determinação do juiz Helder Girão Barreto, que no seu entendimento, o fato de a deputada estar sob prisão domiciliar não a impende de exercer suas funções parlamentares durante o dia. À noite e nos dias de folga, ela deve ser recolhida à própria residência, até que as investigações sejam concluídas.
Da redação
