
Pais de alunos voltaram a reclamar da demora para conclusão da reforma do Colégio Estadual Militarizado Elza Breves, localizada no bairro Laura Moreira, zona Oeste de Boa Vista.
A obra, segundo o Diário Oficial do Estado (DOE), deveria ter durado 180 dias a partir de outubro de 2022, contudo, ela já se estende há dois anos.
A mãe de um aluno, que preferiu não se identificar, cobra a entrega da reforma. Além disso, ela denunciou que o Governo do Estado alugou um prédio onde as aulas presenciais deveriam acontecer, no entanto, os alunos, até o momento, não foram chamados para o local.
“A Elza Breves está fechada. Entra firma e sai firma, e essa escola não sai. Na terça-feira me mandaram mensagem da página do governador dizendo que está tendo aula, no entanto, não está tendo aula no prédio que foi alugado. Tem tudo lá, até os professores, só não tem alunos pois eles dizem que precisam de uma liberação. Que liberação é essa? Não aguento mais, pois meu filho fará o 3º ano e vai terminar o ano sem estar na sala de aula”, disse.
Outras denúncias dos pais de alunos
O jornalismo da TV Imperial já havia recebido, em janeiro deste ano, denúncias de pais sobre a situação. Elizangela Machado de Matos, que é mãe de um estudante, por exemplo, disse que as aulas no formato virtual prejudicam a aprendizagem dos alunos. “Tem sido todo o tempo virtual. E a gente não está vendo nenhum retorno em termos de aprendizado dos nossos filhos”, afirmou a mulher.
O aluguel
O ano letivo na rede estadual de ensino começou no dia 30 de janeiro. Os alunos deveriam estudar em um prédio que ficaria no mesmo bairro. De acordo com Jesika Sousa, outra mãe de estudante, o endereço na verdade ficaria entre os bairros Jardim Equatorial e Santa Luzia.
“Foram para um lugar, aí tiraram desse lugar, já colocaram para outro. Aí fica em um lugar e vai para outro. O investimento que está fazendo de aluguel, ele poderia estar fazendo aqui para finalizar logo essa reforma. Nossos filhos estão sendo prejudicados”, ressaltou a mãe.
A mulher então ressaltou as consequências da demora na entrega da reforma para a comunidade e pediu uma solução.
“E aí são prejudicados, não só eles, mas nós também, porque a gente fica preocupado com os nossos filhos com o ensinamento deles. Aí vai para uma faculdade, vai fazer alguma coisa, o que aprendeu no ensino médio? E a trajetória do meu filho no ensino fundamental? A gente fica preocupado e a gente quer uma resposta do Governo”, salientou a denunciante.
Citado
Procurada, a Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que as obras de reforma do Colégio Estadual Militarizado Professora Elza Breves foram retomadas e a empresa anterior, responsável pela obra, foi devidamente notificada, punida e teve o contrato rescindido.
A Pasta disse que seguiu todos os trâmites burocráticos exigidos pela legislação vigente e que contratou uma nova empresa, que já reiniciou o serviço. A previsão é que, até o final do mês de abril, o trabalho esteja concluído.
A Secretaria disse ainda que estão em fase final as tratativas para a locação de um imóvel para realocar os estudantes até que a reforma do Colégio fique pronta. O prédio está localizado na Rua Luiz Tavares da Silva, 1.575, bairro Santa Luzia.
Por fim, afirmou que está em elaboração um calendário de reposição de aulas, com o cumprimento dos 200 dias letivos, com previsão de reposição de aulas aos sábados e feriados.
Fonte: Da redação