Explosão de carro-bomba resulta em dez mortes em escola da Colômbia

Pouco antes de o carro explodir, o local recebia uma cerimônia de promoção de cadetes (Foto: John Wilson Vizcaino/AP Photo)
Pouco antes de o carro explodir, o local recebia uma cerimônia de promoção de cadetes (Foto: John Wilson Vizcaino/AP Photo)

Um carro explodiu nesta quinta-feira (17) em uma escola da polícia em Bogotá, capital da Colômbia. O Ministério da Defesa, citado pelos meios locais, afirmou que ao menos 10 pessoas morreram e 54 ficaram feridas na Academia de Polícia General Santander. O presidente Iván Duque classificou o incidente como “ato terrorista”.

À tarde, o governo colombiano confirmou que o autor do atentado se chama José Aldemar Rojas Rodríguez, de 56 anos. Ele não tinha antecedentes, e as autoridades ainda apuram os motivos do ataque (leia mais no fim da reportagem).

O jornal “El Tiempo” diz que as primeiras versões sobre o caso indicam que Rojas chegou dirigindo um veículo utilitário até a porta da escola. Na entrada, um cão farejador detectou o perigo e, quando os agentes tentaram impedir o carro, ele acelerou e atropelou um dos vigias.

Em seguida, avançou em alta velocidade por pouco mais de 200 metros e explodiu quando passou perto do alojamento das mulheres na escola. Uma fonte policial disse ao jornal que o motorista está entre os mortos.

Pouco antes de o carro explodir, o local recebia uma cerimônia de promoção de cadetes. Imagens postadas nas redes sociais mostram restos de um carro calcinado. Pelo Twitter, o presidente Duque afirmou que vai ao local e que pediu que os autores do ataque sejam levados à Justiça.

Uma mostra do ataque, próximo a uma escola (foto: AP Photo)

“Estou voltando imediatamente a Bogotá com a Cúpula Militar, diante do miserável ato terrorista cometido na Escola General Santander contra nossos policiais”, postou. “Vamos ao lugar dos fatos. Dei ordens para a Força Pública para determinar os autores desse ataque e levá-los à Justiça. Todos os colombianos rejeitamos o terrorismo e estamos unidos para enfrentá-lo. A Colômbia está entristecida, mas não se curva com a violência”, escreveu em outro tuíte.

José Aldemar Rojas Rodríguez nasceu em 13 de maio de 1962 em Puerto Boyacá. A região fica próxima à fronteira com a Venezuela, e, segundo o “El Tiempo”, a presença do Exército de Libertação Nacional (ELN) é muito forte por lá.

Ainda de acordo com o jornal colombiano, Rojas comprou o veículo em maio do ano passado. Ele não tinha antecedentes criminais. Ainda não está claro o motivo que levou Rojas a cometer o atentado. A investigação, segundo o “El Tiempo”, parte de três hipóteses para a coordenação do ataque: Milícias do ELN, responsáveis por outros ataques em 2017; O “clã Úsuga”, uma milícia paramilitar ligada ao narcotráfico no país ou dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), antigo grupo paramilitar que se converteu em partido político.

Informações: G1