Boa Vista é uma das cinco capitais do Brasil com baixo índice de infestação do Aedes

O resultado do 2º Levantamento Rápido dos Índices de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 classifica Boa Vista com baixo risco de infestação para as doenças relacionadas ao mosquito, com 0,5%. Apenas quatro capitais e o Distrito Federal apresentaram situação satisfatória, de acordo com o Ministério da Saúde.

O índice mede a quantidade de focos do mosquito encontrados na cidade. O número baixo é resultado de ações eficientes de prevenção que a prefeitura desenvolve em toda a capital.

Todos os dias os agentes estão nas ruas em visitas de rotina, fazendo o controle de larvas, eliminação mecânica de criadouros e tratamento químico em depósitos não passíveis de remoção ou onde não foi possível outra medida física.

A estratégia também inclui orientações ao morador sobre medidas de prevenção e de combate ao mosquito, ações de bloqueios e educativas em parceria com as unidades básicas e agentes comunitários de saúde.

Prevenção – Apesar desse baixo índice para dengue, zika e chikungunya, com a chegada do período chuvoso é necessário que a população adote hábitos responsáveis na limpeza dos quintais para evitar que o mosquito venha a nascer.

A população pode contribuir com tarefas simples no dia a dia como evitar o acúmulo de água em recipientes nos quintais, fazer a limpeza e destinação adequada do lixo doméstico, visitar o quintal pelo menos uma vez por semana para eliminar algum foco do mosquito que pode estar na pingadeira, nos vasos de planta e até na vasilha do cachorro.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Vetores e Doenças Transmitidas por Vetores, Samuel Garça, 51,7% dos criadouros encontrados nas casas da capital foram identificados em recipientes como vasos/frascos, pratos de plantas, pingadeiras, bebedouros, vasilhas de cachorro e 17,2% no lixo doméstico armazenado de maneira incorreta.

Pelos tipos de criadouros que encontramos nas residências, fica claro que o combate ao Aedes deve ser encarado com seriedade não só pela prefeitura, mas pela população. Um saco de lixo mal armazenado, uma água parada numa calha do telhado, são ambientes propícios para a proliferação do mosquito. Por isso é importante que as pessoas façam uma verificação rotineira em seus quintais”, alerta Samuel.

Samuel faz também um alerta sobre as fossas e caixas de gordura rachadas, ou suspiros descobertos nas casas. “É preciso que esses locais estejam devidamente lacrados, pois o Aedes também pode colocar seus ovos dentro dessas áreas, onde eclodem e em sete dias uma nova população de mosquito é criada. Nesses locais não é possível fazer tratamento pelos nossos agentes”, ressalta.

Dos 53 bairros avaliados, 11 bairros estão classificados médio risco, entre eles o Santa Luzia, Silvio Botelho, Santa Tereza e Liberdade. Entre os 42 bairros com baixo risco estão o Cambará, Cauamé, Pricumã, Jóquei Clube, Equatorial e Alvorada.