Feira comercializa produtos feitos por migrantes e refugiados em Boa Vista

Feira comercializa produtos feitos por migrantes e refugiados em Boa Vista
Foto: Camila Geraldo/ACNUR

A 5ª edição da Feira IntegrArte contará com a exposição de produtos e serviços voltados para o artesanato, costura, economia criativa e gastronomia internacional. Tudo feito por pessoas migrantes e refugiados em Boa Vista (RR). O evento acontecerá nos dias 8 e 9 de novembro, no Senac Asa Branca, das 16h às 21h.

Além da exposição, a programação conta com atrações musicais e oficinas para os participantes. A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Agência da ONU para as Migrações (OIM) apoiam o evento desde a primeira edição, em 2019.

Conforme as agências, 42 empreendedores participantes da feira receberão capacitações do Sebrae por meio do projeto Trilha do Conhecimento. O objetivo é prepará-los para esta, assim como outras oportunidades de atendimento e vendas.

O empreendedorismo se destaca como uma atividade essencial para a construção e fortalecimento da autonomia econômica da população refugiada e migrante. Isso permite que exerçam suas habilidades, gerem renda para suas famílias e, assim, avancem no processo de integração local.

Participantes da Feira IntegrArte

Participam da IntegrArte: Fé e Alegria do Brasil, Fraternidade – Federação Humanitária Internacional, Fraternidade Sem Fronteiras e Fundação Pan-Americana de Desenvolvimento (PADF). Além de Hermanitos, Refúgio 343, Serviço Jesuíta para Migrantes e Refugiados (SJMR) e Visão Mundial.

As organizações formam parte do comitê de discussão sobre Trabalho na Operação Acolhida há cinco anos. Esse trabalho é parte da resposta humanitária em Roraima para promover a integração socioeconômica. Também para incentivar a independência financeira da população refugiada e migrante. Além disso, a feira é uma oportunidade de construção de redes locais, sendo uma troca com a comunidade brasileira. 

Empreendedorismo feminino

No dia 19 de novembro comemora-se o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. Na feira, dos 42 negócios, 37 são liderados por mulheres refugiadas e migrantes. As refugiadas encontram no empreendedorismo, sobretudo, a alternativa para geração de renda. Além de conciliar as atividades domésticas e familiares. O ACNUR, em parceria com o Ministério Público do Trabalho no Amazonas e em Roraima (MPT-AM/RR) e a Associação Hermanitos, desenvolve o projeto Mujeres Fuertes com o objetivo de fomentar os negócios de empreendedoras e fortalecer a construção de redes de apoio e solidariedade entre as participantes.

As atividades da OIM na IntegrArte contam com o apoio financeiro do Escritório de População, Refugiados e Migração (PRM) do Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.

Fonte: Da Redação