Atletas classificados para as Paralimpíadas Escolares em São Paulo, podem ficar sem competir por falta de apoio do Governo com passagens aéreas

Atletas classificados para as Paralimpíadas Escolares em São Paulo, podem ficar sem competir por falta de apoio do Governo com passagens aéreas
Medalhas já conquistadas pelos atletas – Foto: Arquivo Pessoal

Famílias de atletas paralímpicos denunciaram nesta segunda-feira (20) a falta de apoio do Governo de Roraima com passagens aéreas para a etapa nacional das Paralimpíadas Escolares 2023, por meio da Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes).

De acordo com um dos pais, em agosto os atletas participaram de uma etapa regional em Brasília e se classificaram para a etapa nacional. A competição começa no dia 28 de novembro e termina no dia 2 de dezembro, em São Paulo. As famílias destacaram que o governo nega as passagens para ao atletas, delegação e acompanhantes.

“O coordenador da paralimpíadas foi até a Setrabes e lá foi informado e pego de surpresa que eles só iriam conseguir liberar quatro passagens, porque o Governo não teria mais orçamento. Falaram que não tinham como pagar porque não tem mais como empenhar essas passagens para 2023. Sendo que isso já faz parte do calendário do Estado”, disseram.

Além disso, as famílias destacam que tudo já está pago pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e que só falta as passagens para os atletas irem. Eles ressaltam que já conseguiram até passagem de ônibus para Manaus, para custear mais as passagens de avião para o estado.

“A gente só quer a passagem, porque toda essa delegação de 25 pessoas já estão inscritas no CPB. Já tem incluso translado, alimentação, hotel, tudo por conta deles, o Governo só teria que comprar passagem. Conseguimos com dois vereadores pelo menos a passagem de ida e volta de ônibus para Manaus. Se o Governo achar a passagem muito cara saindo daqui, podemos ir para Manaus e sair de lá. Fizemos isso para baratear ainda mais para o Governo”, destacaram.

Famílias e atletas sem apoio

Conforme a mãe de outra atleta da modalidade de natação, o sentimento é de incapacidade. Ela falou ainda que as crianças ficam tristes e sentem o esforço sendo jogado em vão.

“A gente se sente incapaz por quê a gente não pode né? A gente não tem condições de comprar passagem. Isso é uma função do Governo. As crianças choram, ficam triste pensando que todo esforço que elas tão fazendo tá sendo jogado em vão. Eles não estão sendo reconhecidos. É uma tristeza, porque a gente não pode fazer nada”, relatou.

Ao todo, a delegação é formada por 25 pessoas, entre eles há 15 atletas e o restante são acompanhantes e técnicos. Por se tratar de atletas paralímpicos, muitos precisam de acompanhantes para prestar a apoio. Dentre as modalidades estão natação, atletismo, bocha, salto a distância, halterofilismo, dardo e outras.

Por fim, as famílias pedem um posicionamento por parte do Governo, assim como, que cumpra com o compromisso firmado com eles.

“A gente espera sensibilizar o Governo do Estado para custear essas passagens o quanto antes, porque essas crianças tem que embarcar no dia 27. Hoje são 20, são apenas sete dias até o embarque. Espero que o governador cumpra com a compra dessas passagens. Não é uma um preço exorbitante”, finalizou.

Citada

A redação entrou em contato com o Governo de Roraima e solicitou um posicionamento da Setrabes, mas até o momento desta publicação, não houve resposta.

Fonte: Da Redação