Em visita surpresa à maternidade, deputados apuram falta de aparelhos e material para higienização

Deputados Estaduais, membros da CPI da Saúde, realizaram uma visita na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth para apurar denúncias de desabastecimento, falta de leitos suficientes e falta de aparelhos. A visita surpresa ocorreu na tarde dessa quarta-feira (18) e foi feita pelos deputados Nilton da Sindpol (Patriota), Lenir Rodrigues (Cidadania), Renato Silva (Republicanos) e Jorge Everton (MDB).

Foram verificados aparelhos sucateados, uma cama quebrada sendo reutilizada, aparelhos com monitores queimados, fungos e infiltrações nas paredes, além de portas quebradas. Em uma das alas, as pacientes estavam internadas sem leitos e tomavam medicação sentadas em cadeiras.

Também durante a inspeção, pacientes foram ouvidas e relataram a situação do Hospital Materno Infantil. “Todas as vezes que o medicamento da minha filha está disponível, não tem médico pra aplicar o remédio. Está faltando uma bomba de infusão utilizada para diluir os remédios; e também está faltando papel toalha e material que a gente usa para esterilizar as mãos”, disse uma das pacientes aos deputados.

O deputado Jorge Everton (MDB) informou que a visita foi solicitada pelo deputado Renato Silva (Republicanos), após denúncias serem veiculadas pela Folha de Voa Vista, além de demandas que os deputados têm recebido.

“Como retornamos apenas hoje, nós estamos verificando in loco a situação da Maternidade. Iremos dar continuidade ao trabalho da CPI. As pessoas estão intimadas para serem ouvidas e buscarem atendimento. E estamos buscando, junto com o secretário de Saúde, que apresente um plano de trabalho referente à Sesau”, informou.

O relator da CPI completou ainda que os membros da comissão vão elaborar um relatório sobre o que foi visto e vão aguardar receber algumas informações solicitadas junto ao Governo do Estado, completou.

O deputado Renato Silva (Republicanos) adiantou que foi possível apontar algumas irregularidades, dentre elas, a falta do funcionamento de um equipamento de esterilização, sendo necessário material para esterilizar no Hospital Geral de Roraima, e denúncias de cancelamento de cirurgias e óbitos de mães e crianças.

“Muitos equipamentos enferrujados, salas sem funcionar, porque não há equipamento. As portas estão caindo. O local, está claro que não oferece condições de trabalho. Muitos médicos estão abandonando seus postos por não ter qualidade de serviço. Realmente, o Governo do Estado tem recursos para fazer um bom trabalho, só não está tendo a gestão necessária. Teremos que agir mais rigorosamente para ter um resultado melhor”, declarou Silva.

Informações: Folha de Boa Vista – Foto: Diane Sampaio