Deputados da CPI da Saúde aprovaram a quebra de sigilo telefônico, fiscal e bancário de sete pessoas e três empresas envolvidas em contratos com indícios de superfaturamento na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Os nomes não foram revelados. A decisão foi tomada na tarde desta segunda-feira (18).
O deputado Coronel Chagas (PRTB), que preside a comissão, explicou que, uma vez aprovado, o requerimento é enviado aos órgãos, para que forneçam informações. Ele frisou que a decisão faz parte das investigações dos 21 contratos assinados durante a pandemia de coronavírus.
“Foi aprovado ainda o calendário de pessoas que serão ouvidas na CPI, dias 20, 21 e 22. Serão nove pessoas, sendo três em cada dia”, destacou Chagas, ao acrescentar que o requerimento foi apresentado pelo relator, Jorge Everton (MDB).
Estavam ainda na reunião os deputados Lenir Rodrigues (Cidadania) e Renato Silva (Republicanos). Na semana passada, o ex-secretário Francisco Monteiro e outras duas pessoas suspeitas foram ouvidas pelos deputados. O Ministério Público conseguiu bloquear dos envolvidos.
De acordo com Jorge Everton, existem indícios de superfaturamento e ilegalidades na formalização do processo, além de denúncias graves baseadas nos depoimentos de testemunhas. O parlamentar disse ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) já autorizou que as CPIs podem decretar a quebra de sigilo.
“Fizemos isso e daremos andamento, para encontrar a verdade real dos fatos, e tenhamos uma Saúde de qualidade. Esse é nosso objetivo: evitar que roubem o dinheiro da sociedade, combatendo a corrupção, para que a população seja bem atendida”, finalizou.
Informações: Roraima em Tempo – foto: ALERR