Linoberg omite gastos com verba indenizatória na Câmara

O vereador por Boa Vista, Linoberg Almeida, eleito em 2016 com discurso moralista, inovador e de esquerda, gastou mais de R$ 1.184.673,00 (um milhão, cento e oitenta e quatro mil, seiscentos e setenta e três reais) em recursos públicos oriundos da verba indenizatória em quatro anos.

Neste valor não estão contabilizados os gastos do parlamentar dos meses de novembro e dezembro de 2019 e outubro e novembro de 2020, porque no link disponibilizado no portal da Câmara, na seção de Linoberg, não é possível encontrar as notas emitidas.

Imagem comprova que Linoberg omite gastos de novembro de dezembro de 2019.
Imagem comprova que Linoberg omite gastos de outubro e novembro de 2020.

Vereador pregou renovação, mas não poupou recursos públicos e torrou R$ 1,1 milhão apenas com verba indenizatória

Em 2017, primeiro ano de mandato, o vereador que pregava discurso de menos desperdício de recursos públicos, criticava vereadores de outras legislatura, em seu primeiro ato assinou um documento aumentando os salários dos vereadores. Foi o primeiro golpe nos seus eleitores.

Ainda no primeiro ano, só com a verba indenizatória, Linoberg torrou R$ 329.390,37, sendo R$ 141 mil apenas com divulgação de atividade parlamentar e assessoria de imprensa. Outro grande gasto no mesmo ano foi com assessoria jurídica, totalizando R$ 66 mil em notas emitidas. Linoberg ainda gastou mais de R$ 28 mil com aluguel de imóveis e R$ 15.813 com material de consumo e expediente.

Já em 2018, segundo ano como vereador por Boa Vista, e ainda sem mostrar a que veio, Linoberg justificou mais R$ 326.548,00 com verbas indenizatórias. Neste ano, os gastos com assessoria jurídica aumentaram, saltando para R$ 111 mil em notas emitidas, além de R$ 159 mil com divulgação em geral e assessoria de imprensa.

Em 2019, Linoberg continuou não poupando os recursos públicos, assim como pregava em discurso antes de eleito. Torrou mais R$ 100 mil com consultoria jurídica e R$ 135 mil com divulgação geral e assessoria de imprensa.

Já em 2020, ano de pandemia, Linoberg, mesmo com todas as recomendações de ficar em casa, isolamento social, fez farra com o dinheiro do contribuinte: gastou R$ 20.700 mil com locação de imóvel, R$ 8.087,25 com telefonia, R$ 67.500 com assessoria de imprensa, R$ 90 mil com assessoria jurídica e mais R$ 54 mil com divulgação em geral.

No link de transparência do vereador, não constam as notas fiscais, tampouco as empresas que forneceram todos esses serviços ao parlamentar durante os quatro anos de mandato.

Nesses gastos de mais de R$ 1,1 milhão em recursos públicos, não foram contabilizadas as verbas de gabinete, que garantem muito dinheiro ao vereador para contratar assessores, além de salários, diárias e outros benefícios.

Ou seja, Linoberg foi mais do mesmo, promovendo fake News, acusando servidores públicos de fraudarem licitações, promovendo calúnia contra agentes públicos, promovendo discursos para a plateia, sem a necessidade de comprovar nada do que falou, tudo por conta da imunidade parlamentar que tem durante o mandato.

Basta procurar no link abaixo os gastos nestes meses, que você não os encontrará: