Governo de RR suspende ano letivo e diz que alunos não estão ‘aprovados e nem reprovados’

O ano letivo de 2020 foi suspenso na rede estadual de Roraima, informou o governo na noite desta quarta-feira (9). O ensino remoto chegou ao fim, mas os alunos ainda não estão “aprovados e nem reprovados, conforme a Secretaria de Educação.

A pasta afirmou que os professores devem corrigir atividades, rever planejamentos e avaliar o ensino remoto até o dia 26 de dezembro.

“Neste momento, os estudantes não estarão aprovados e nem reprovados no ano letivo 2020. As avaliações, provas e atribuições de notas só poderão ser realizadas quando do retorno das aulas presenciais, momento em que poderá ser feito o cômputo das atividades remotas e do cumprimento efetivo de dias letivos”, explicou a Seed.

O período de férias foi mantido entre os dias 28 de dezembro e 26 de janeiro, conforme previsto no calendário elaborado antes da pandemia de coronavírus.

A secretária de Educação, Leila Perussolo, afirmou que o planejamento para o próximo ano depende das determinações do Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde (Sesau) acerca da pandemia de coronavírus em Roraima. A data para início do ano letivo segue sem definição.

“Para o próximo ano, estamos organizando várias frentes de trabalho, entre elas, aulas presenciais, remotas e ensino híbrido”, disse Perussolo.

Ensino remoto no estado

As aulas presenciais em Roraima estão suspensas desde 16 de março. O ensino remoto em todo o estado iniciou em 6 de abril. Nesse mesmo mês, o transporte escolar ficou responsável por levar atividades para alunos sem acesso à internet.

O governo chegou a anunciar que as aulas presenciais retornariam em outubro, porém, a informação foi negada pela Seed horas após a fala do chefe do Executivo.

À época, o ensino remoto estava suspenso e as atividades realizadas durante o período estavam sendo avaliadas.

Em setembro, o governo fez testagem em massa nos profissionais ligados à educação e 733 pessoas tiveram resultado positivo.

Já em outubro, o governo determinou que os professores voltassem ao trabalho presencial, mesmo com as aulas remotas. o Sindicato dos trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter) e a Organização dos Professores Indígenas de Roraima (Opir) se manifestaram contra a medida.

Professores da rede pública também cobram o repasse da divisão do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2020.

O governo afirma que não tem sobras de verba, mas os professores afirmam que deveria ter dinheiro em caixa, já que parte do ensino foi realizado de forma remota devido a pandemia.

Informações: G1 Roraima – Foto: SecomRR