O projeto Assistência Médica Especializada por Telemedicina (Amete) está sendo implantado na rede básica municipal. É uma parceria entre o Ministério da Saúde e o Hospital Albert Einstein em São Paulo através do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional no Sistema Único de Saúde – Proadi/ SUS.
Esse projeto dará a oportunidade aos pacientes de serem atendidos com consultas especializadas por telemedicina na própria unidade básica de saúde, com o acompanhamento do clínico geral que já atende o paciente.
O projeto está sendo implantado nos municípios que fizeram adesão, Boa Vista foi um deles. A superintendente municipal da Atenção Básica, Cinthia Brasil, destaca que o projeto consiste em um ambulatório de especialidades médicas para auxiliar os pacientes que são encaminhados para consultas especializadas.
“Agora, eles não precisam esperar por meses, pois o programa vem para facilitar, uma vez que dependendo da especialidade, o próprio médico do programa Saúde da Família já realiza o agendamento para a consulta com o especialista de forma mais ágil”, frisou.
Treinamento
Ao todo são sete especialidades: pneumologia, cardiologia, reumatologia, psiquiatria, neurologia, neurologia infantil e endocrinologia, especialidade escolhida para o treinamento que foi realizado nessa terça-feira, 9, durante todo o dia, com aula teórica pela manhã e o atendimento com as consultas telepresenciais, e que envolveu nove médicos e atendeu sete pacientes.
“O benefício para a população será imenso, pois vai reduzir a fila de espera do paciente para atendimento especializado, além do que, o paciente também terá o acompanhamento do médico clínico geral no momento da teleconsulta” concluiu Cinthia.
A rede básica possui uma demanda reprimida e as consultas serão organizadas de acordo com a agenda da equipe médica especializada do Hospital Albert Einstein e também de acordo com a demanda da UBS.
Bruna Amaral, enfermeira do Hospital Albert Einstein, enfatizou que a ideia inicial é reduzir as filas e o tempo de espera para os pacientes nas consultas.
“O paciente passa com o clínico, ele identifica a necessidade de um especialista e esse paciente cai em uma fila enorme e aguarda muito tempo por uma consulta. Quando dispomos de muitas consultas com especialistas e da mais alta expertise podendo atender até 16 pacientes por dia, isso acaba por reduzir as filas de espera em um curto espaço de tempo, evitando assim que o paciente agrave e vá para uma UTI, simplesmente porque não conseguiu passar por uma consulta em tempo hábil”, disse.
Antônia de Souza Araújo, de 56 anos, foi uma das pacientes atendidas pelo ambulatório de especialidades. Ela sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) no ano passado e sua família também descobriu que ela estava com diabetes. Antônia se recuperou do AVC e agora faz o tratamento para diabetes. Mas precisava da consulta especializada. De frente com o endocrinologista, mostrou exames e conversou com o profissional que buscou a melhor alternativa de tratamento e acompanhamento.
Adriana de Souza Castro, filha de Antônia, avaliou a iniciativa como excelente. “Pra mim foi gratificante, muito rápido, tiramos as dúvidas com o médico, foi ótimo, gostei muito”, finalizou.