Campanha antecipada, aglomeração, caos na saúde de Roraima: a conta vai chegar com a terceira onda

O governador de Roraima, Antônio Denarium, deputados estaduais e senadores já estão em plena campanha eleitoral para o pleito do ano que vem. Diariamente, o governador reúne milhares de pessoas no interior do Estado para entregar cestas básicas e cartões de crédito, numa desesperada tentativa de fazer sua popularidade subir.

O uso da estrutura do estado para promover parceiros políticos é o menor dos problemas. Acontece que esses eventos desrespeitam todas as recomendações sanitárias, como distanciamento e uso de máscaras. O governador aparece todos os dias abraçando idosos, pegando crianças no colo. Para Denarium, basta dar “pão e circo” para o povo que a reeleição estará garantida. Não há um plano de governo, planejamento ou ações eficazes.

Denarium abriu mão de uma gestão técnica para uma gestão politiqueira, se aliando a velhos e conhecidos políticos de Roraima, desde os condenados e cassados aos que são flagrados com dinheiro na cueca. Esse tipo de política é conhecido em Roraima desde os tempos “otomarianos”, quando se distribuía brinquedos, alimentos, redes e outros materiais em datas comemorativas. Mas gestão, zero!

Esta semana, por exemplo, o senador Mecias de Jesus, grande apoiador de todos os últimos governadores que passaram pelo Palácio do Governo, promoveu uma enorme aglomeração em um município do interior, reunindo milhares de pessoas sem máscaras, sem distanciamento.

Com esse ritmo de vacinação imposto pelo Governo Federal, Roraima logo, logo sentirá os efeitos das irresponsabilidades dos políticos locais, que incentivam o aumento do número de casos da covid-19 em Roraima, e consequentemente o crescimento na taxa de ocupação de leitos de UTI no Hospital Geral de Roraima que, quando chova, cai mais água dentro do que fora.

A conta vai chegar e a terceira onda em Roraima pode ser devastadora e deixar novas famílias roraimenses em luto. O que vale mais? Uma campanha política ou uma vida?