Sem função nenhum, praticamente morta depois que lhe tiraram a única serventia, a concessão para o fornecimento de energia elétrica no interior, a Companhia Energética de Roraima (CERR) continua a existir apenas no papel e sangrando os cofres do Governo de Roraima.
Mantida por repasses estaduais, porque não é capaz de gerar um centavo para seu custeio, a CERR é alimentada com milhões que recebe a título de transferências do Governo de Roraima, ora por crédito Suplementar, ora por excesso de arrecadação.
O mais recente repasse, por excesso de arrecadação – ou seja, dinheiro sobrando no cofre do Governo –, contempla a “defunta” com R$19.355.747,13 (dezenove milhões e trezentos e cinquenta e cinco mil e setecentos e quarenta e sete reais e treze centavos). O decreto está publicado no Diário Oficial do Estado na edição desta segunda-feira (21).
A agonia da Companhia, da ‘via-crúcis’ até o calvário, teve início na irresponsável gestão de Zé Anchieta e culminou com seu sepultamento total no Governo de Suely. Anchieta comprometeu o processo de Federalização da CERR ao tomar em seu nome um empréstimo milionário para recuperá-la.
Anchieta não concluiu o processo, deu sumiço na dinheirama e ainda deixou o passivo para o governo atual. E o final é esse que estamos testemunhando: a morte da velha CERR, tão importante para Roraima no passado.
Eu não entendo a teimosia de Antonio Denarium em continuar bancando essa aventura, onerando os cofres públicos, apenas jogando fora o dinheiro do povo, porque não há retorno nenhum. O custo da sangria é muito alto e tornou-se natural a verificação de abertura de crédito pelo Governo do Estado para cobrir as contas da Companhia, que está sepultada mas que o Governo embirra em manter o esqueleto de pé, feito zumbi.
O gracioso repasse deste mês servirá para manutenção de serviços administrativos gerais, manutenção e Conservação de Bens Imóveis e administração de Recursos Humanos.
Informações: Blog do Perônico
