Mais de 12 mil pessoas devem fazer prova no domingo em RR

O vestibulando Davi Ramos, 27, se dedica aos estudos há cerca de um ano e pretende cursar medicina (Fotos: Nilzete Franco)
O vestibulando Davi Ramos, 27, se dedica aos estudos há cerca de um ano e pretende cursar medicina (Fotos: Nilzete Franco)

O sonho da formação superior motivou 12.959 inscrições este ano, em Roraima, para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que acontece nos próximos dias 3 e 10 de novembro, nos municípios de Alto Alegre, Bonfim, Boa Vista, Caracaraí, Mucajaí, Rorainópolis e São João da Baliza. A abertura dos portões ocorre às 11h, com fechamento às 12h. As provas devem iniciar às 12h30, com término às 18h, no primeiro domingo. Já no segundo dia, a prova terminará 30 minutos mais cedo.

Estas informações estão mais do que decoradas pelo vestibulando Davi Ramos, 27, que há cerca de um ano tem se dedicado aos estudos para conseguir uma vaga no curso de Medicina.

“Tenho feito dois cursinhos preparatórios. É meio cansativo, mas é bom quando você percebe o seu desenvolvimento no decorrer do ano, quando vê que está melhorando. Eu já tranquei outras faculdades e a prioriMedicina sempre foi minha primeira escolha, mas naquela coisa de “ah, não vou conseguir”, você acaba fazendo coisas que não quer fazer. Eu tenho 27 anos, então, chega aquela idade que você tem que fazer algo que você realmente queira fazer”, disse.

Um dos cursos mais concorridos na Universidade Federal de Roraima, segundo dados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Medicina teve a nota de corte mais alta do instituto na última edição, com 779.33 pontos.

Com tanta concorrência, Davi revela que tem vivido uma intensa rotina de estudos para se tornar um futuro profissional da saúde. “No começo do ano era bem mais pesado. Eu chegava no cursinho 9h, saía às 20h e almoçava por lá mesmo. Dava duas horas de intervalo e continuava estudando. De setembro pra cá, passei a dar um intervalo porque eu já estava muito cansado. Não adianta hoje eu estar absorvendo conteúdo novo, o ideal é estar revisando o que eu já sei”, explicou.

Em toda trajetória de sucesso, existem desafios e dificuldades. Para Davi não foi diferente. Ele destaca que esta é uma caminhada muitas vezes solitária. “No início do ano eu exclui todos os aplicativos de redes sociais e fiquei só com um, pra manter minha sanidade mental. É bom, por um lado, mas é ruim por outro, você fica em uma bolha e os amigos sempre chamam pra alguma coisa e você não pode, uns entendem e alguns não. Mas a minha família me apoia muito”, conclui.

Informações: Folha de Boa Vista