Residentes da UFRR têm aprendizado prejudicado com terceirização do serviço de Ortopedia do HGR, diz denúncia ao MPF

Residentes da UFRR têm aprendizado prejudicado com terceirização do serviço de Ortopedia do HGR, diz denúncia ao MPF
Fachada do Bloco E HGR/Foto: Gabriel Cavalcante/Roraima em Tempo

Uma denúncia enviada ao Ministério Público Federal (MPF) relata comprometimento no aprendizado de residentes médicos da Universidade Federal de Roraima (UFRR) devido à terceirização do serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Geral de Roraima (HGR).

É que a unidade de saúde tem convênio com a instituição e sedia todos os serviços de residências médicas em vigor. No entanto, está em processo de terceirização de todos os setores.

O de Ortopedia e Traumatologia, por sua vez, já está em vigência desde dezembro de 2022, inclusive com atuação dos profissionais da empresa contratada. Isso impossibilita a continuidade do serviço de residência médica, visto que toda a demanda é direcionada para os funcionários da firma.

“Solicito dos senhores(as) a máxima urgência nesta demanda, visto que nos aproximamos de mais um concurso de residência médica e se nada for feito haverá mais residentes prejudicados”, ressaltou a denúncia.

Dessa forma, o MPF solicitou ao reitor da UFRR, José Geraldo Ticianeli, que informe como será realizada a residência médica dos alunos. Em especial, que esclareça se os profissionais não-vinculados ao HGR irão avaliar os discentes.

Contrato

O Governo de Roraima contratou a empresa para prestação do serviço de Ortopedia e Traumatologia no HGR pelo valor de R$ 30.205.995,96. A Secretaria de Saúde (Sesau) emitiu ainda uma nota de empenho de R$ 1,5 milhão para cobertura de despesas da firma relativas ao serviço.

A titular da pasta Cecília Lorenzom assinou o contrato no dia 21 de novembro de 2022. O extrato está publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 30 do mesmo mês.

Citada

Procurada, a Sesau afirmou que não foi notificada da referida denúncia e que se pronunciará somente quando for oficialmente comunicada.

Do mesmo modo, a reportagem também procurou a UFRR, mas não obteve retorno.

Fonte: Da Redação