A dissonância ocorre quando há uma incoerência entre as atitudes ou comportamentos que se acredita serem corretos e o que realmente é praticado.
O conceito de dissonância cognitiva refere-se à necessidade do indivíduo de buscar coerência entre suas cognições (conhecimentos, opiniões ou crenças).
Existe um grande grupo em nossa sociedade que vive essa realidade e que, na verdade, se coloca em um universo paralelo, onde a justificativa para suas ações é o erro alheio, justificando seus desvios morais e crimes em virtude de erros cometidos por outros no passado.
É como se começássemos a vender drogas porque conhecemos pessoas que traficam em nosso bairro.
Ora, ora, ora, será que a tua mãe te deixaria andar com aquele garoto da rua desviado, metido com vagabundo, só por que ele ainda não foi preso?
Levando o debate para a política, é o que fazem os bolsonaristas: eles apoiam uma pessoa que cometeu centenas de desvios morais e criminais e se apoiam nos erros de outros políticos para justificar:
O que os bolsonaristas precisam ignorar? Bolsonaro:
- comprou 51 apartamentos pagando em dinheiro vivo, com evidências claras de lavagem de dinheiro;
- praticava rachadinha com os salários dos funcionários;
- sugeriu o aborto de seu filho Jair Renan à companheira, com quem nem era casado oficialmente;
- está em seu terceiro casamento com uma pessoa que frequenta a igreja para esconder seu próprio passado e o da família;
- riu da morte por asfixia de pessoas durante a COVID-19;
- atrasou vacinas para vender medicamentos ineficazes;
- tem ligações diretas com assassinos;
- planejou um golpe de estado para não perder o poder;
- mantém o país em um clima de guerra com mentiras sobre os opositores para se manter relevante e com futuro político;
- roubou joias oferecidas em troca, causando um prejuízo de R$ 5,5 bilhões aos cofres públicos;
- falsificou um documento público (carteira de vacinação), o que é visto como um crime menor, mas não é; entre todos, é o pior, pois acredita que pode falsificar documentos para obter ganho pessoal;
- inventa que Lula tomará as casas das pessoas, enquanto na realidade, desde 2002, Lula já proporcionou 9 milhões de casas para o povo;
- finge ser um crente evangélico enquanto frequenta a maçonaria.
Em suma, é um criminoso que se finge de bom moço, e seus seguidores vivem essa dissonância cognitiva para poder apoiá-lo.
Uma das últimas justificativas é: Quando ele for condenado eu paro de apoiá-lo.
Resta a pergunta: Esse povo sofre realmente de dissonância cognitiva ou é apenas mal-intencionado e sem caráter?
