O genocídio Yanomami teve a cumplicidade do Governador Antonio Denarium

Em 2021 a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – Apib protocolou uma denúncia no tribunal penal internacional de Haia contra Jair Bolsonaro pelo genocídio provocado contra os povos originários, mas, se é clara a participação de Bolsonaro na política de extermínio através das leis de exploração do garimpo, precisamos lembrar que para que seu plano desse certo ele precisou de aliados locais em Roraima e os teve. O governador do estado Antonio Denarium foi o aliado de primeira hora que ele Bolsonaro ajudou a eleger em 2018 e que deu os passos fundamentais no estado para garantir a execução do projeto Bolsonarista.

Denarium criou diversas leis estaduais que viabilizaram o crime com aparência de legalidade de modo a garantir o sucesso da empreitada. Com isso teve entre outros benefícios acesso a recursos bilionários como os do combate à COVID19, recursos estes, que foram desviados e são parte das denúncias da CPI da Covid.

Vamos ao histórico dos fatos:

Enquanto Bolsonaro apresentava a proposta de projeto de lei para exploração de garimpo em terras indígenas em 2020 no mesmo ano o governador Antonio Denarium sem partido, tendo acompanhado o Bolsonaro ao sair do PSL apresentou o projeto de lei 201/2020 para garantir a exploração de garimpo em terras indígenas, o referido projeto foi aprovado no mesmo ano em dezembro de 2020 e já fevereiro de 2021 a lei 1.453 foi sancionada pelo governador.

Em 2022 o governo Denarium sancionou uma nova lei que impedia a polícia federal de destruir equipamentos usados por garimpeiros, neste mesmo ano Bolsonaro flexibilizou novas regras para exploração de garimpo.

É clara a relação entre Bolsonaro e Denarium no genocídio indígena, sendo assim, ambos devem ser investigados e denunciados pelo tribunal penal internacional de Haia.

Investigações de corrupção na saúde do estado também devem ser retomadas. Roraima pode ser um estado pequeno em termos populacionais mas os crimes cometidos aqui precisam ser investigados para que nós, o povo de Roraima, possamos parar de sentir vergonha e viver amedrontados pelas perseguições dos criminosos que controlam o estado.