MPF instaura inquérito para apurar omissão do Estado brasileiro na crise humanitária da Terra Yanomami

MPF instaura inquérito para apurar omissão do Estado brasileiro na crise humanitária da Terra Yanomami
Ministério Público Federal em Roraima – Foto: Gabriel Cavalcante/Roraima em Tempo

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou inquérito que vai apurar a responsabilidade do Estado brasileiro na crise humanitária na Terra Yanomami em Roraima.

O órgão vai analisar também como as ações e omissões de gestores e políticos podem ter contribuído para a situação das comunidades. Os agentes públicos foram alvo de representações feitas por partidos políticos e entidades da sociedade civil encaminhadas à unidade no estado.

Procedimento em curso

Assim, com base já em curso, o MPF entende que já existe um vasto acervo de evidências para a imediata responsabilização do estado brasileiro.

“Tal acervo revela um panorama claro de generalizada desassistência à saúde, sistemático descumprimento de ordens judiciais para repressão a invasores do território indígena e reiteradas ações de agentes estatais aptas a estimular violações à vida e à saúde do povo Yanomami”, cita o documento que determina a instauração do inquérito civil.

Inquérito do MPF

Do mesmo modo, o MPF quer determinar, no novo inquérito, a dimensão da crise humanitária, o esclarecimento de suas causas e também o impactos socioambientais, bem como a apuração do grau de envolvimento de cada agente público.

Além disso, as conclusões serão essenciais para a definição das medidas de reparação e podem contribuir na criação de políticas públicas e mecanismos institucionais que previnam a repetição de novas tragédias.

Apurações

Atualmente, na área cível e na área criminal, dezenas de procedimentos apuram denúncias de desassistência das comunidades indígenas de Roraima, atividade garimpeira ilegal, abuso de mulheres e crianças, entre outros.

Por fim, o MPF apresentou na última semana um balanço das principais atuações do órgão, incluindo recomendações feitas ao poder público para que os direitos dessas comunidades fossem atendidos.

Fonte: Da Redação