
A Venezuela tem bloqueado a entrada de gêneros alimentícios básicos vindo do Brasil. Quem falou sobre o assunto foi o deputado Idazio da Perfil (MDB) que compõe a Comissão de Relações Fronteiriças, Mercosul, de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação da Assembleia Legislativa (ALE-RR) e o empresário Alan Oliveira, em entrevista ao jornalista Bruno Perez, no programa Rádio Verdade da 93 FM, desta segunda-feira (12).
Entenda
Alan explicou que os empresários em Roraima têm relatado dificuldades para vender produtos ao país vizinho. A situação ocorre desde janeiro deste ano. O primeiro produto ‘boicotado’ foi a salsicha. Atualmente existe 6 mil toneladas do produto parado em armazéns da empresa.
“Todos os empresários exportadores estão com dificuldades de enviar produtos alimentícios básicos, como o açúcar, arroz, trigo, salsicha. São produtos de necessidade básica ao país vizinho. Todas as empresas têm 100% legalizada a questão das exportações, tem o selo de inspeção federal, então, sem aviso prévio a Venezuela fez um comunicado por meio de ligação, através do Seniat, dizendo que os produtos não poderiam adentrar o país”, explicou.
Ainda de acordo com Alan, até então, a relação comercial com a Venezuela não apresentava sinais de complicações.
“A relação sempre foi excelente desde 2016. E digo mais, as empresas venezuelanas estão solicitando nossos produtos. O que aconteceu é que algumas autoridades ligadas ao setor alimentício na Venezuela é que fizeram o bloqueio sem o aviso prévio, e aí o comercial em Roraima está sendo prejudicado”, disse Alan.
Riscos de perdas
Do mesmo modo, o deputado Idazio afirmou que segue a disposição para apoiar a categoria. Além disso, ele também ressaltou que a carga que se encontra parada em caminhões próximo à fronteira, poderá ser totalmente perdida. 10 cargas que pertenciam ao empresário Alan, já perderam a validade o que gerou um prejuízo de R$ 3 milhões.
“A gente está aqui para defender essas pessoas. Temos que falar com parlamentares federais para que se possa tomar providências, porque o prejuízo para os distribuidores em termos de exportações é imensurável. Aqui corre o risco de 200 carretas acabarem no lixo, ou seja, é algo sério”, explicou.
Por fim, na quarta-feira (14) vai ocorrer uma manifestação em Pacaraima.
“O manifesto é para que as autoridades tanto brasileiras quanto venezuelanas possam olhar esse problema e prestar apoio ao comércio bilateral. Então, é um protesto para que as autoridades possam nos apoiar” finalizou Alan.
Fonte: Da Redação