A Defensoria Pública (DPE-RR) solicitou da Vinci Airports, gestora do Aeroporto Internacional de Boa Vista, explicações sobre a retirada da ponte de embarque que dá acesso às aeronaves para pessoas com deficiência, idosos e grávidas, por exemplo.
O documento é assinado pelas defensoras públicas Paula Oliveira e Geana Oliveira, bem como pelos defensores Wagner Santos e Januário Lacerda. O Grupo de Atuação Especial (Gaed), deu o prazo de 10 dias úteis para resposta do aeroporto.
De acordo com o defensor público-geral, Oleno Matos, o pedido ocorre após reclmações da própria população.
“Percebemos nas redes sociais a população indignada em razão da retirada dos fingers que davam acesso direto às aeronaves. Então, fizemos um pedido de requisição à empresa que opera o Aeroporto. A empresa prestou resposta. No entanto, a resposta deixou lacunas que precisam de esclarecimentos para que a possamos entender se há viabilidade de ter o acesso da forma que entendemos que é correto”, disse.
Além disso, Oleno explicou que a situação atinge a população de modo geral.
“Quando está chovendo por exemplo, para chegar na aeronave, chegam molhados. Além disso, existe o problema da escada da aeronave que ficam molhada com riscos de acidente. Então, há uma preocupação. […] pedimos uma data para que a DPE possa ir até o local e verificar toda a parte do aeroporto que passou por reforma. Bem como verificar se obedece a legislação, conforme o regulamento da Anac, por exemplo”, explicou.
Prejuízos à população no aeroporto
Do mesmo modo, a presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Coede-RR), Cleo Melo, falou sobre os prejuízos da reforma para as pessoas. Ela disse que ocorreram denúncias ao Conselho.
“Temos um aeroporto que acabou excluindo esse grupo de pessoas que antes eram atendidas. Essa ‘ponte’ levava para o embarque e desembarque de passageiros e agora não temos mais essa opção, ou seja, uma acessibilidade que antes era colocada para todos que não temos mais. Ocorreram denúncias, pois a partir do momento que você tem seus direitos podados, você faz a denúncia.”
Citada
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Vinci Airports para posicionamento sobre o assunto. Por meio de nota, disse que está adquirindo um equipamento que funciona como um elevador para acesso a aeronaves, chamado de ambulift, com capacidade para transportar até cinco passageiros ao mesmo tempo. No entanto, a empresa não disse se vai repor a ponte de embarque para que as pessoas possam embarcar com segurança e também se proteger da chuva.
Fonte: Da Redação