Presidente do Iteraima fica impedida de assumir cargo comissionado após condenação no Tribunal de Contas

Presidente do Iteraima fica impedida de assumir cargo comissionado após condenação no Tribunal de Contas
Presidente do Iteraima, Dilma Costa – Foto: Ian Vitor Freitas/Roraima em Tempo

A presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), Dilma Costa, está impedida de assumir cargos comissionados na Administração Pública Federal por cinco anos. Ela é servidora efetiva do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão pelo qual respondeu a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) no Tribunal de Contas da União (TCU).

Além de estar impedida de exercer cargo em comissão na esfera federal, ela também foi condenada a pagar uma multa de R$ 20 mil. Agora, Dilma Costa consta na relação de pessoas inidôneas até fevereiro de 2029.

O TCU fez uma auditoria no Incra para verificar se os procedimentos de seleção e manutenção da lista de beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) estão seguindo a legislação. Assim, o órgão de fiscalização identificou uma série de irregularidades, algumas delas ocorridas à época em que Dilma Costa era a superintendente do Incra. Por isso, ela foi uma das responsabilizadas. Veja abaixo.

Irregularidades

Os auditores verificaram a ausência de ampla divulgação da abertura de processo de seleção de candidatos ao Programa de Reforma Agrária. “Na realidade, sequer há divulgação do processo seletivo”, ressaltou o relatório.

O Tribunal também identificou a existência de beneficiários contemplados que não atendem aos requisitos do programa. De acordo com o relatório, foram constatados cerca de 26.276 casos de beneficiários com indícios de irregularidades.

O relatório destacou ainda a ausência de motivação nos casos de candidatos eliminados. É que não foram encontrados em publicações e em processos individuais o motivo da eliminação de candidatos, que, geralmente, só são informados quando procuram o Incra.

Além disso, a auditoria constatou o descumprimento dos princípios do contraditório e da ampla defesa nos processos de seleção. Ou seja, os candidatos não tiveram acesso aos meios necessários para interpor recursos quando necessário.

Dilma Costa chegou a apresentar justificativas à Corte, mas elas foram parcialmente rejeitadas. Em sua decisão, o TCU considerou como graves as infrações cometidas por ela. O órgão entendeu que a atuação da então superintendente do Incra contribuiu para a ocorrência dos resultados decorrentes das irregularidades.

O Roraima em Tempo questionou o Governo do Estado se pretende manter Dilma Costa no cargo de presidente do Iteraima, mesmo após ela ser inserida na lista de inidônea do TCU. Contudo, a reportagem não recebeu resposta.

Fonte: Da Redação