Ministros se reúnem com governadores dos estados afetados pela estiagem para tratar de ações efetivas

Ministros se reúnem com governadores dos estados afetados pela estiagem para tratar de ações efetivas
Reunião em Brasília – Foto: MIDR

Ações para amenizar os impactos da estiagem e dos focos de incêndio no Brasil foram discutidas, nesta quarta-feira (21), em reunião da Casa Civil com governadores e representantes dos estados que integram o Pantanal e a Amazônia. O encontro ocorreu no Palácio do Planalto com a presença dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, bem como da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Outros ministros também participaram.

O Governo Federal criou então três salas de situação para debater as mudanças climáticas e suas consequências. Uma delas trata das enchentes no Rio Grande do Sul, a outra dos focos de incêndio no Pantanal. Por outro lado, a terceira sala de situação trata da estiagem na Amazônia, a maior dos últimos vinte anos.

“Estamos, talvez, diante de uma das maiores estiagens da história do Brasil, na Amazônia e no Pantanal, e isso é desafiador. No Pantanal, a seca antecipou dois meses, o que não significa que as chuvas e a primavera vão fazer o mesmo. Logo o período de seca será mais longo. Na Amazônia, a estiagem também antecipou em mais de um mês”, lamentou o ministro Waldez Góes.

O ministro acrescentou que o Governo Federal está empenhado em amenizar o cenário. “Com orientação do presidente Lula e liderança do ministro Rui Costa, estamos com a sala de situação para a Amazônia há mais de 35 dias e isso se desdobra em planos de trabalho e reconhecimentos de situação de emergência. Essa sala é muito importante porque dialoga diretamente com os governadores e organiza a relação com quem está na base, que são os municípios e os trabalhadores”, completou.

Denarium elogiou o Governo Federal pelo trabalho preventivo

O governador de Roraima, Antônio Denarium, parabenizou o Governo Federal pela iniciativa. “Quero parabenizar o Governo Federal pelo trabalho preventivo com os estados na tentativa de combater o desmatamento e os incêndios florestais”, disse.

Do mesmo modo, o governador do Amazonas, Wilson Lima, também estava na reunião. Para ele, a união entre as esferas de governo é fundamental para diminuir os impactos da estiagem. “Sozinhos, os governos estaduais e Federal, assim como as prefeituras, não conseguem êxito nas ações de resposta aos desastres climáticos. A necessidade de termos uma ação coordenada como essa é para diminuirmos os impactos provocados pela estiagem o máximo possível”, afirmou.

O governador então destacou que a estiagem tem reflexo na população e na economia. “Muita gente tem dificuldade para ter acesso à alimentação e água potável. Além disso, no Amazonas, os rios são as nossas estradas e a atividade econômica é feita por meio do transporte pelos rios”, completou Wilson.

Pantanal

O Pantanal enfrenta a pior estiagem em 70 anos, agravada pelas mudanças climáticas e eventos extremos do El Niño. Em 2024, foram queimados aproximadamente 721 mil hectares até o início de julho, com grande probabilidade de ultrapassar três milhões de hectares queimados até o fim do ano. Como resultado, os incêndios destruíram 8% a mais do bioma do que em 2020.

Em 2024, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, liberou, até o momento, R$ 13,4 milhões para ações de resposta ao desastre em Mato Grosso do Sul. O recurso foi para assistência humanitária, que engloba a compra de cestas básicas, água, combustível, equipamentos de proteção Individual, bem como objetos de higiene pessoal, entre outros itens.

Além disso, o MIDR também reconheceu a situação de emergência em 12 municípios do estado (Aquidauana, Bodoquena, Bonito, Corumbá, Coxim, Deodápolis, Douradina, Dourados, Naviraí, Nioaque, Porto Murtinho e Sidrolândia). Confira a portaria AQUI.

Estiagem na Amazônia

O atual período de estiagem na Amazônia será o mais severo em vinte anos. A região enfrenta condições climáticas extremas, aumentando assim a frequência e a intensidade dos focos de incêndio. Diante do cenário, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, aprovou o repasse de R$ 11,7 milhões para a região até o momento. Confira mais informações AQUI.

O recurso será para ações de defesa civil nos estados do Amazonas e Roraima. O MIDR também reconheceu a situação de emergência em 53 municípios do Acre, Amazonas, Roraima e Rondônia e aprovou oito planos de trabalho. Todos os esforços buscam mitigar os impactos da seca e proporcionar apoio às comunidades mais atingidas.

Fonte: Da Redação